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Deputado agride vereador a socos em Câmara Municipal na PB

Após a agressão, o vereador Roberto da Silva se dirigiu à Polícia Civil para registrar queixa contra o deputado André Amaral por lesões corporais

André Amaral era ouvido como testemunha de acusação no processo de cassação do prefeito interino Luiz Antônio Alvino (PSDB), investigado por denúncia de corrupção (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Divulgação)

André Amaral era ouvido como testemunha de acusação no processo de cassação do prefeito interino Luiz Antônio Alvino (PSDB), investigado por denúncia de corrupção (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 17h35.

Sorocaba - Um depoimento que o deputado federal André Amaral (PMDB-PB) prestava na Câmara Municipal de Bayeux, na Grande João Pessoa (PB), foi interrompido depois que o parlamentar se levantou da cadeira e agrediu com socos o vereador Roberto da Silva (Podemos), o Betinho da RS.

Amaral era ouvido como testemunha de acusação no processo de cassação do prefeito interino Luiz Antônio Alvino (PSDB), investigado por denúncia de corrupção.

Após a agressão, o vereador deixou a sessão e se dirigiu à Polícia Civil para registrar queixa contra o deputado por lesões corporais. Ele passou por exame de corpo de delito.

Um vídeo divulgado em redes sociais mostra o momento em que Amaral se levanta e parte para cima do vereador desferindo socos.

https://www.youtube.com/watch?v=BNIku5fYpNw

Em vídeo, Amaral diz que reagiu aos ataques do vereador "em defesa da honra" e acusou Betinho de ser "capacho" do prefeito.

"Quando eu cheguei na Câmara, ele disse que eu era deputado meia-tigela e que tinha capangas. Eu defendi a minha honra", alegou.

Já o vereador alegou ter sido "atacado covardemente" quando exercia sua função como membro da comissão processante.

Nesta quinta-feira, 4, Betinho protocolou na Câmara pedido de anulação do depoimento do deputado.

"Jamais poderia imaginar que seria agredido daquela forma, dentro de minha própria casa, no exercício do meu mandato", disse.

O vereador informou que vai encaminhar as imagens da agressão e a ata da sessão para o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, para que sejam tomadas as "medidas cabíveis contra o agressor".

O prefeito interino de Bayeux assumiu o cargo após o prefeito eleito Berg Lima (sem partido) ter sido preso, em julho de 2017, ao ser flagrado em vídeo pedindo pagamento de propina para um fornecedor da prefeitura. Ele foi solto em novembro, mas continua afastado do cargo.

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