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Deputado aciona polícia ao ser acusado de ladrão por ativista

A confusão aconteceu no Senado Federal quando Paulo Pimenta (PT-RS) e o deputado Wadih Damous (PT-RJ) deixavam a CPMI da JBS

Deputado Paulo Pimenta: "Eu estou trabalhando, diferente de vocês que estão roubando", disse a ativista (Jose Cruz/Agência Brasil)

Deputado Paulo Pimenta: "Eu estou trabalhando, diferente de vocês que estão roubando", disse a ativista (Jose Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de novembro de 2017 às 16h41.

Brasília - O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) acionou policiais do Congresso para deter a ativista Carla Zambelli, do Movimento Nas Ruas, nesta quinta-feira, 30, após ser acusado de roubar.

A confusão aconteceu no Senado Federal quando Pimenta e o deputado Wadih Damous (PT-RJ) deixavam a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS. Com uma câmera nas mãos, Zambelli abordou os parlamentares para questioná-los sobre críticas ao juiz Sérgio Moro.

No vídeo, disponibilizado pela ativista em sua rede social, Pimenta diz para Carla "ir trabalhar". Na sequência, a líder do Nas Ruas faz a acusação contra o deputado. "Eu estou trabalhando, diferente de vocês que estão roubando".

A afirmação motivou o parlamentar a acionar a Polícia Legislativa, que levou Carla Zambelli para prestar esclarecimentos. Na discussão, a ativista chegou a afirmar também que Pimenta teria "medo de Sérgio Moro". "Na hora que o senhor perder o foro privilegiado, o senhor vai encontrar com ele, viu. Vai ter um encontro bem gostoso com ele", afirmou.

Pimenta também será chamado para prestar esclarecimentos sobre o episódio, segundo informações da Polícia Legislativa. O petista teve seu nome mencionado por delatores da Odebrecht e aparece em documentos da empreiteira sob o apelido de "Montanha".

Carla Zambelli ficou conhecida por se algemar em um pilar da Câmara dos Deputados, em 2015, para pedir o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Em junho deste ano, após o presidente Michel Temer ser implicado em denúncias pela Procuradoria-Geral da República, a ativista disse que o NasRuas atuava de forma voluntária em favor do governo e não enxergava indícios suficientes para seu afastamento do cargo.

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