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Depois do boi, sobe o preço do frango

Preços de frangos e suínos no atacado subiram 11,16% e 6,03%, respectivamente, na segunda quadrissemana deste mês

De 20 produtos pesquisados, o preço do frango liderou o ranking de alta e o da carne suína ficou na terceira posição (Julio Bernardes/VOCÊ S/A)

De 20 produtos pesquisados, o preço do frango liderou o ranking de alta e o da carne suína ficou na terceira posição (Julio Bernardes/VOCÊ S/A)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2010 às 10h51.

São Paulo - Às vésperas de preparar a ceia das festas de fim de ano, o consumidor terá poucas opções para escapar da alta de preços da carne bovina. A disparada da arroba do boi gordo, que começou em junho, arrastou as cotações do frango e dos suínos, porque são as carnes substitutas.

Os preços de frangos e suínos no atacado subiram 11,16% e 6,03%, respectivamente, na segunda quadrissemana deste mês, aponta o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, apurado pelo Instituto de Economia Agrícola. Esse resultado indica tendência de alta dos preços ao consumidor do frango e do suíno. De 20 produtos pesquisados, o preço do frango liderou o ranking de alta e o da carne suína ficou na terceira posição. Já o preço da arroba do boi, que atingiu R$ 105,32 na primeira quadrissemana, praticamente ficou estável na última apuração.

“Com o grande poder de compra que existe hoje no mercado, com o pagamento do 13.º salário e aumento da massa de salários, os preços da carne ao consumidor devem começar a recuar só no ano que vem”, prevê o técnico responsável pelo índice, Danton Bini. Com o começo das chuvas e a redução dos custos para engordar o gado, a tendência é de preços menores do boi gordo.

Apesar de a arroba ter atingido níveis recordes, com valorização de 43,56% em um ano e de 28,32% em seis meses, os produtores reclamam que a boa cotação não é repassada para o criador. Sem margem para repor as matrizes que foram abatidas no período de crise, entre 2006 e 2008, o pecuarista mantém o plantel reduzido. O preço alto, porém, pode afugentar o consumidor. “Quem quiser comer carne de primeira, vai ter de pagar o preço de bacalhau”, afirma o pecuarista José Lopez Fernandez Neto, de Itapeva, sudoeste paulista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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