Demóstenes Torres tem mandato cassado por 56 votos a 19
Pela lei da Ficha Limpa, o ex-líder do DEM ficará inelegível até 2027 (oito anos após o fim da legislatura para o qual foi eleito), quando terá 66 anos
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2012 às 14h26.
São Paulo – O senador Demóstenes Torres (ex-DEM), acusado de ter recebido dinheiro e ter favorecido os interesses do contraventor Carlinhos Cachoeira , teve seu mandato cassado por 56 votos nesta quarta-feira. Foram 19 votos contra a cassação e 5 abstenções.
Demóstenes é o segundo senador na história da casa a perder o mandato por decisão dos pares. Luiz Estevão (DF) foi o primeiro, em 2000.
A votação ocorreu após o pronunciamento dos relatores do processo - Humberto Costa (PT), no Conselho de Ética, e Pedro Taques (PDT), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – e do discurso de acusação, feito por Randolfe Rodrigues, líder do Psol, partido que apresentou representação para a abertura do processo.
Os senadores João Capiberibe (PSB), Antônio Valadares (PSB) e Ana Amélia (PP) foram à tribuna para criticar o voto secreto.
Demóstenes teve 35 minutos para apresentar sua defesa, que foi precedida por um discurso de seu advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. O senador comparou seu julgamento ao de Jesus Cristo e pediu que seus pares no Senado não lavassem as mãos em relação ao seu caso e o deixassem ser julgado pela poder judiciário e pelo povo do seu estado. "Porque a minha cabeça tem que rolar? Eu provei aqui várias vezes que sou inocente", disse no plenário.
Pela lei da Ficha Limpa, o ex-líder do DEM ficará inelegível até 2027 (oito anos após o fim da legislatura para o qual foi eleito), quando terá 66 anos.
São Paulo – O senador Demóstenes Torres (ex-DEM), acusado de ter recebido dinheiro e ter favorecido os interesses do contraventor Carlinhos Cachoeira , teve seu mandato cassado por 56 votos nesta quarta-feira. Foram 19 votos contra a cassação e 5 abstenções.
Demóstenes é o segundo senador na história da casa a perder o mandato por decisão dos pares. Luiz Estevão (DF) foi o primeiro, em 2000.
A votação ocorreu após o pronunciamento dos relatores do processo - Humberto Costa (PT), no Conselho de Ética, e Pedro Taques (PDT), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – e do discurso de acusação, feito por Randolfe Rodrigues, líder do Psol, partido que apresentou representação para a abertura do processo.
Os senadores João Capiberibe (PSB), Antônio Valadares (PSB) e Ana Amélia (PP) foram à tribuna para criticar o voto secreto.
Demóstenes teve 35 minutos para apresentar sua defesa, que foi precedida por um discurso de seu advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. O senador comparou seu julgamento ao de Jesus Cristo e pediu que seus pares no Senado não lavassem as mãos em relação ao seu caso e o deixassem ser julgado pela poder judiciário e pelo povo do seu estado. "Porque a minha cabeça tem que rolar? Eu provei aqui várias vezes que sou inocente", disse no plenário.
Pela lei da Ficha Limpa, o ex-líder do DEM ficará inelegível até 2027 (oito anos após o fim da legislatura para o qual foi eleito), quando terá 66 anos.