Exame Logo

Curtas — Uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo

Demissão na Apex; Dez mortos no Rio; Posse do novo ministro da Educação...

WEINTRAUB: “Na função de ministro da Educação, meu papel é entregar o que está no plano de governo, mais com o mesmo que a gente gasta” / REUTERS/Adriano Machado (Adriano Machado/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2019 às 07h09.

Última atualização em 10 de abril de 2019 às 07h39.

Demissão na Apex
A disputa entre técnicos e ideólogos continua quente no governo. No round desta terça-feira, 9, os ideólogos venceram. O ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo demitiu o embaixador Mario Vilalva da presidência da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX). A exoneração foi justificada em nota do Itamaraty como “parte do processo de dinamização e modernização do sistema de promoção comercial brasileiro”. Sistema este que, claro, deveria ter o comércio, e não a ideologia, como norte. A cúpula da Apex estava com impasse semelhante ao do Ministério da Educação, com disputas entre os seguidores do escritor Olavo de Carvalho e nomes relacionados aos militares. No centro da disputa estava o presidente Mário Vilalva contra os diretores Marcio Coimbra e Letícia Catelani, apadrinhados pelo chanceler Ernesto Araújo.

Weintraub toma posse no MEC
Um dia após ser nomeado como substituto de Ricardo Vélez no Ministério da Educação (MEC), Abraham Weintraub tomou posse do cargo. Durante discurso nesta terça-feira, o novo ministro disse que seu papel era acalmar os ânimos, colocar a bola no chão e respeitar as opiniões divergentes. “Na função de ministro da Educação, meu papel é entregar o que está no plano de governo, mais com o mesmo que a gente gasta”, afirmou. O presidente Jair Bolsonaro disse que deu total liberdade para Weintraub escolher as pessoas que vão integrar o ministério. “Ele, assim como os demais ministros que estão aqui, tem carta branca para escolher todo o seu primeiro escalão”, afirmou o presidente. Nos últimos dez meses, sob a gestão de Vélez, houve trocas em pelo menos dez cargos de alto escalão do MEC.

Veja também

Dez mortos com chuvas no Rio
Subiu para dez o número de mortes causadas pelo temporal que atingiu a cidade do Rio de Janeiro na última segunda-feira, 8. Ao longo desta terça-feira, o Corpo de Bombeiros localizou mais três corpos dentro de um táxi que foi soterrado na zona sul da capital. As outras vítimas são um homem que ficou preso sob um carro, na zona sul, duas mulheres que foram soterradas por um deslizamento de terra no Morro da Babilônia e um homem que foi eletrocutado em Santa Cruz, na zona oeste. Segundo o governo do Rio, as chuvas deixaram ao menos 1200 desalojados e 220 desabrigados no estado. A prefeitura da capital informou que em algumas áreas da cidade choveu em quatro horas o que era esperado para o mês. O prefeito Marcelo Crivella, que segundo a oposição aplicou 71% menos do que a administração anterior em ações voltadas à prevenção de enchentes, reconheceu que sua gestão falhou ao não antecipar às chuvas de segunda. Os equipamentos para desobstrução da rede pluvial saíram para as ruas da cidade somente no meio da tarde. “Tínhamos combinado que, em momentos assim, deixaríamos equipamentos e equipe da Comlurb nos locais em que achávamos que haveria mais chuva. Nisso nós falhamos. Atrasamos”, assumiu o prefeito.

_

“Revogaço”
O presidente Jair Bolsonaro prometeu, em uma mensagem postada no Twitter na manhã desta terça-feira, 9, fazer um “revogaço” para anular decretos que estariam inchando a máquina pública e criando burocracias desnecessárias, segundo ele. Bolsonaro não detalhou, no entanto, quais medidas serão atacadas pelo governo. “Nos próximos dias realizaremos um ‘Revogaço’, anulando centenas de decretos desnecessários que hoje só servem para dar volume ao nosso já inchado Estado e criar burocracias que só atrapalham”, escreveu Bolsonaro, ainda complementando: “Daremos continuidade ao processo. Vamos desregulamentar e diminuir o excesso de regras!”, completou.

_

Novo presidente da Embraer
A Embraer anunciou que Francisco Gomes Neto, atual presidente da Marcopolo, será indicado para ocupar o cargo de presidente da fabricante de aviões na primeira reunião do Conselho de Administração da empresa, que ocorrerá após a Assembleia Geral Ordinária marcada para 22 de abril. Em comunicado ao mercado nesta terça-feira, 9, a Embraer disse que Gomes Neto é graduado em Engenharia Elétrica com especialização em Administração de Empresas e MBA em Controladoria e Finanças. Nos últimos três anos, atuou como presidente do Grupo Marcopolo, no qual liderou o processo de transformação da companhia, gerando forte crescimento de vendas e valor de mercado do negócio. Gomes Neto substituirá Paulo Cesar de Souza e Silva, que atuará como sênior advisor do conselho no processo de integração do novo presidente e no acompanhamento da segregação de ativos e recursos da aviação comercial até a conclusão do negócio com a Boeing.

_

Eleições em Israel
O Comitê Central de Eleições de Israel anunciou nesta terça-feira, 9, que vai apresentar uma queixa contra o partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o Likud, por enviar observadores com câmeras escondidas para seções eleitorais durante a votação de hoje. Segundo o jornal local Haaretz, membros da legenda teriam tentado infiltrar ao menos 1.200 câmeras em zonas eleitorais de bairros árabes do país. Os dispositivos eletrônicos foram apreendidos pela polícia antes de serem usados, segundo a juíza Hanan Melcer, vice-presidente do comitê. De acordo com a magistrada, filmar o processo de votação é proibido. Após o fim do período de votos, contudo, câmeras podem ser ativadas para documentar o processo de contagem, mas somente com autorização prévia da Justiça. O Likud confirmou seu plano de infiltrar câmaras nas seções eleitorais, afirmando que tinha como objetivo combater fraudes. O resultado da eleição ainda não foi publicado, mas os primeiros resultados das urnas mostravam Netanyahu quase empatado com Benny Gantz.

_

Abdelkader Bensalah é novo líder da Argélia
Depois da resignação do presidente Abdelaziz Bouteflika, que estava há 20 anos no poder e vinha sendo duramente criticado pela população, os parlamentares algerianos apontaram Abdelkader Bensalah como presidente interino do país pelos próximos 90 dias. Partidos de oposição se recusaram a apoiar a nomeação e boicotaram a sessão, enquanto milhares de estudantes estavam protestando nas ruas da capital Argel. Bensalah era um aliado do governo de Bouteflika, então sua nomeação não agradou os argelinos, que esperavam uma mudança drástica na liderança do país. Após ser escolhido, Bensalah disse que deseja “trabalhar para cumprir os interesses das pessoas” e que a constituição nacional demanda dele “uma grande responsabilidade”.

Acompanhe tudo sobre:abraham-weintraubApexArgéliaEmbraerExame HojeGoverno BolsonaroIsraelMEC – Ministério da Educação

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame