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DEM recorrerá à Justiça se Lula for indicado a ministério

Líder do partido da oposição no Senado anunciou que legenda pode recorrer à Justiça caso Lula seja nomeado a algum ministério, como querem alguns petistas


	Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: possibilidade de nomeação em ministério preocupa partidos da oposição
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: possibilidade de nomeação em ministério preocupa partidos da oposição (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2016 às 13h19.

Brasília - O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), anunciou nesta quarta-feira, 09, que o partido vai recorrer à Justiça para barrar uma eventual nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um ministério do governo Dilma Rousseff.

A articulação, conforme mostrou reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, tem por objetivo retirar as investigações do juiz Sérgio Moro - que determinou a condução coercitiva de Lula na Operação Lava Jato - para levá-la ao Supremo Tribunal Federal, foro que apura a conduta de ministros.

Para Caiado, a estratégia tem por objetivo "blindá-lo" de uma iminente prisão na Lava Jato. Segundo o oposicionista, a se confirmar a indicação, deverão ser apresentadas ações populares nas 27 unidades da federação a fim de impedir a posse do ex-presidente.

"A intenção é entrar em todos os Estados com medidas de ação popular para derrubarmos esse ato que, além de imoral, é, sem dúvida nenhuma, um ato de apoio à criminalidade e de desrespeito às instituições. Vamos provar que se trata de uma fraude", afirmou Caiado, em nota.

O líder do DEM acredita que a movimentação do governo se configura como uma tentativa de driblar a Justiça, colocando por terra todo o argumento usado por Dilma até agora de não interferência nas outras esferas de poder.

"Ficou claro que o objeto único é esconder o ex-presidente Lula de toda a operação Lava Jato. O que estamos assistindo é inaceitável. Caso aconteça, vamos pedir o apoio de toda a população e vamos entrar em todos os Estados. O Brasil não é um sindicato do ABC", disse o senador.

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