Delúbio Soares: defesa do ex-tesoureiro nega que ele tenha recebido tratamento diferente dos demais presos no Centro de Progressão Penitenciária (CRISTIANO MARIZ/VEJA)
Da Redação
Publicado em 28 de fevereiro de 2014 às 17h20.
Brasília - O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi transferido hoje (28) para o Complexo Penintenciário da Papuda, no Distrito Federal.
A tranferência foi feita pela Secretaria de Segurança Pública após o juiz Bruno André Silva Ribeiro, da Vara de Execuções Penais (VEP), suspender o benefício de trabalho externo na Central Única dos Trabalhadores (CUT) devido às supostas regalias que ele recebeu dentro da prisão, como alimentação diferenciada.
Delúbio retornou ao Centro de Internamento e Reedução (CIR). O presídio é destinado a presos que estão no semiaberto, mas que ainda não receberam autorização para trabalhar. A decisão foi tomada após o Ministério Público afirmar que condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, que estão presos em Brasília, recebem regalias na prisão.
A defesa do ex-tesoureiro nega que ele tenha recebido tratamento diferente dos demais presos no Centro de Progressão Penitenciária, onde ele cumpria seis anos e oito meses no regime semiaberto. O presídio é destinado a detentos que possuem autorização de trabalho externo.
O juiz Bruno Ribeiro determinou abertura de um processo para apurar as supostas regalias. Em documento entregue à VEP na terça-feira (25), os promotores relatam que uma feijoada foi feita exclusivamente para a ala onde o ex-tesoureiro estava preso.
A decisão do juiz vale até o dia 18 de março, quando Delúbio prestará depoimento em uma audiência de advertência, por meio de videoconferência. O magistrado determinou também que o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), informe as providências tomadas para acabar com as regalias.