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Delegado da Lava Jato vai assumir divisão de crimes financeiros

Márcio Anselmo aceitou o convite para assumir a Divisão de Repressão aos Crimes Financeiros (DFIN), uma das mais importantes unidades na PF

PF: desde janeiro de 2017, o delegado ocupa o posto de chefe da Corregedoria da Superintendência da PF no ES (Vagner Rosário/VEJA)

PF: desde janeiro de 2017, o delegado ocupa o posto de chefe da Corregedoria da Superintendência da PF no ES (Vagner Rosário/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 18h05.

Curitiba - O delegado de Polícia Federal Márcio Adriano Anselmo, responsável pela investigação originária da Operação Lava Jato, vai para Brasília, em missão especial. Ele aceitou o convite para assumir a Divisão de Repressão aos Crimes Financeiros (DFIN), uma das mais importantes unidades na estrutura da corporação.

Anselmo não foi apenas o responsável pela origem da Lava Jato. Durante o longo período em que integrou a força-tarefa da PF ele protagonizou capítulos históricos da investigação - por exemplo, prendeu no dia 19 de junho de 2015 o empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht, em São Paulo, e conduziu os inquéritos contra o ex-presidente Lula.

Desde janeiro de 2017, o delegado ocupa o posto de chefe da Corregedoria da Superintendência da Polícia Federal, no Espírito Santo.

Na quarta-feira, 10, Anselmo recebeu convite de Brasília.

Ele protagonizou alguns dos principais episódios do escândalo de corrupção na Petrobras.

Em 2013, Márcio Anselmo iniciou a operação que mirava a lavagem de dinheiro da família do ex-deputado federal José Janene (PP-PR), morto em 2010, e do doleiro Alberto Youssef. Seu trabalho, em conjunto com outros delegados e agentes federais, resultou na Lava Jato - que tese sua primeira fase ostensiva deflagrada em março de 2014.

Especialista em crimes de combate à corrupção e de lavagem de dinheiro, Anselmo assumirá a DFIN ainda em janeiro.

Anselmo pediu para sair da Lava Jato em meados de 2016, motivado "por esgotamento físico e mental causado pelos mais de três anos" que esteve à frente dos inquéritos da operação, segundo registrou em documento enviado aos comandos da PF em Curitiba e Espírito Santo, no ano passado.

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