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Delegado chama Serra para depor sobre cartel metroviário

PF investiga se o tucano, quando foi governador, atuou em favor da CAF e da Alstom, multinacionais suspeitas de integrar o cartel denunciado pela Siemens

José Serra: além dele, outras 44 pessoas foram intimadas a prestar depoimentos na PF (Sérgio Viana/ Notícias.Botucatu/Divulgação via Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 10h59.

São Paulo - A Polícia Federal intimou o candidato do PSDB ao Senado em São Paulo, José Serra , para depor sobre os contratos que manteve com empresas citadas nas investigações do cartel metroferroviário que operou no estado entre 1998 e 2008. Serra foi governador de 2007 a 2010.

Reportagem publicada na quinta-feira, 21, pelo jornal Folha de S. Paulo revelou que a polícia convocou Serra para depor na sede da PF, a fim de saber se o tucano, quando foi governador, atuou em favor da CAF e da Alstom , multinacionais suspeitas de integrar o cartel denunciado pela Siemens no acordo de leniência fechado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica ( Cade ).

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O depoimento de Serra está marcado para o dia 7 de outubro, dois dias após o primeiro turno das eleições.

Além dele, outras 44 pessoas foram intimadas a prestar depoimentos na PF, entre elas o ex-secretário dos Transportes Metropolitanos José Luiz Portella, o atual presidente da estatal Companhia Paulista de Trens Metropolitanos ( CPTM ), Mário Bandeira, e o ex-presidente do Metrô Sérgio Avelleda.

No inquérito conduzido pelo delegado Milton Fornazari Júnior, três das sete concorrências sob investigação foram realizadas no governo Serra.

Um e-mail de 2008 encartado ao processo que investiga o cartel e o depoimento de um executivo da Siemens sugerem, segundo os investigadores, que o tucano pressionou Portella para que a multinacional alemã desistisse de uma ação judicial que impediria a CAF de vencer uma licitação da CPTM. Serra não quis se manifestar sobre o caso na quinta-feira, 21.

A Polícia Federal já indiciou seis suspeitos de integrar o esquema do cartel, entre eles ex-dirigentes da CPTM como João Roberto Zaniboni. Também são investigados ex-secretários do atual governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB). Todos negam irregularidades.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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