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Delator da Lava Jato diz que beneficiava partido do governo

Em delação premiada, o lobista Mário Góes não especificou quem seriam os poderosos


	Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão do Congresso Nacional, em Brasília
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão do Congresso Nacional, em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2015 às 11h12.

São Paulo - Em sua delação premiada, o lobista Mário Góes disse à Polícia Federal que achava que nunca teria problemas decorrentes da atividade ilícita que confessou ter praticado porque "pessoas poderosas e até o partido do governo" estariam sendo beneficiados do esquema. O delator não especificou quem seriam os "poderosos".

Góes é apontado pela força-tarefa da Operação Lava Jato como operador de propinas de empreiteiras junto à Diretoria de Serviços da Petrobras, cujos beneficiários finais eram o diretor Renato Duque e o gerente Pedro Barusco, segundo os investigadores.

A afirmação foi feita quando Góes explicava por que havia envolvido o filho, que aparece como sócio de uma das empresas usadas pelo lobista no esquema de negócios ilícitos.

Ele afirma que "nunca imaginou que pudesse ocorrer algum problema quanto a essa atividade ligada a Pedro Barusco, uma vez que segundo ele pessoas poderosas e até o partido do próprio governo estariam sendo beneficiados por esse esquema".

Mário Góes está preso desde fevereiro de 2015. Os termos da sua delação premiada foram homologados na quinta-feira, 30, pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Operação Lava Jato.

O novo delator da Lava Jato já prestou 13 depoimentos, nos quais apontou valores pagos por empreiteiras ao gerente da diretoria de Serviços da Petrobras e indicou os caminhos do dinheiro ilícito.

Ele admitiu que usou suas empresas, a RioMarine e a Phad Corporation, para repasse de propinas e lavagem de dinheiro da empreiteira Andrade Gutierrez para a Diretoria de Serviços da Petrobras.

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