Delator afirma que Ildo Sauer e Graça desconheciam esquema
Pedro Barusco disse em delação premiada que cobrou propina sobre contratos da Diretoria de Gás e Energia, na época em que unidade era dirigida por Graça Foster
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 15h06.
São Paulo e Curitiba - O ex-gerente de Engenharia e Serviços da Petrobras Pedro Barusco afirmou em sua delação premiada que cobrou propina sobre contratos da Diretoria de Gás e Energia, na época em que a unidade era dirigida por Graça Foster .
"Quando os contratos envolviam a Diretoria de Gás e Energia, cujo diretor inicialmente era Ildo Sauer e depois Maria das Graças Foster, o porcentual de propina variava normalmente entre 1% e 2%, mais próximo de 2%", afirmou Barusco, em depoimento de 21 de novembro.
Barusco afirmou, no entanto, que os dois diretores desconheciam o esquema porque "não havia espaço" para esse tipo de conversa.
Ele apontou pelo menos seis contratos da Diretoria de Gás e Energia, onde teriam sido pagas propinas.
Graça Foster deixou a presidência da Petrobras esta semana, em meio a mais explosiva crise da história da estatal petrolífera, após reunião com a presidente Dilma Rousseff.
Segundo Pedro Barusco, os valores de propinas oscilavam entre 1% e 2% sobre contratos.
O delator é o pivô da Operação My Way, deflagrada nesta quinta feira, 5.
Um dos alvos dessa nova etapa da Operação Lava Jato é o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que foi conduzido à Polícia Federal para depor sobre as denúncias que o envolvem.
O ex-gerente afirmou que metade do valor das propinas "era do PT" e a outra metade "para a Casa", ou seja, para ele próprio e para Renato Duque, de quem foi braço direito.
Duque foi indicado pelo partido para a Diretoria de Serviços, área estratégica da Petrobras.
Ele foi preso em novembro sob suspeita de receber propinas do cartel de empreiteiras que se teria instalado na Petrobras.
Mas o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltá-lo.
Em seu relato, Pedro Barusco especificou assim a divisão do dinheiro da propina sobre os contratos da Diretoria de Gàs e Energia.
"Metade era para o Partido dos Trabalhadores, representado por João Vaccari Neto", um dos 11 operadores que foram alvo das medidas adotadas nessa nova fase da Lava Jato.
Outra metade da propina "era para a 'Casa', representada neste caso apenas por Renato Duque" e por ele mesmo, Barusco.
Ele afirmou saber que Vaccari "operacionalizava os recebimentos (de propinas) em favor do PT".
Segundo o delator, "às vezes o pagamento da propina foi integral para o Partido dos Trabalhadores."
São Paulo e Curitiba - O ex-gerente de Engenharia e Serviços da Petrobras Pedro Barusco afirmou em sua delação premiada que cobrou propina sobre contratos da Diretoria de Gás e Energia, na época em que a unidade era dirigida por Graça Foster .
"Quando os contratos envolviam a Diretoria de Gás e Energia, cujo diretor inicialmente era Ildo Sauer e depois Maria das Graças Foster, o porcentual de propina variava normalmente entre 1% e 2%, mais próximo de 2%", afirmou Barusco, em depoimento de 21 de novembro.
Barusco afirmou, no entanto, que os dois diretores desconheciam o esquema porque "não havia espaço" para esse tipo de conversa.
Ele apontou pelo menos seis contratos da Diretoria de Gás e Energia, onde teriam sido pagas propinas.
Graça Foster deixou a presidência da Petrobras esta semana, em meio a mais explosiva crise da história da estatal petrolífera, após reunião com a presidente Dilma Rousseff.
Segundo Pedro Barusco, os valores de propinas oscilavam entre 1% e 2% sobre contratos.
O delator é o pivô da Operação My Way, deflagrada nesta quinta feira, 5.
Um dos alvos dessa nova etapa da Operação Lava Jato é o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que foi conduzido à Polícia Federal para depor sobre as denúncias que o envolvem.
O ex-gerente afirmou que metade do valor das propinas "era do PT" e a outra metade "para a Casa", ou seja, para ele próprio e para Renato Duque, de quem foi braço direito.
Duque foi indicado pelo partido para a Diretoria de Serviços, área estratégica da Petrobras.
Ele foi preso em novembro sob suspeita de receber propinas do cartel de empreiteiras que se teria instalado na Petrobras.
Mas o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltá-lo.
Em seu relato, Pedro Barusco especificou assim a divisão do dinheiro da propina sobre os contratos da Diretoria de Gàs e Energia.
"Metade era para o Partido dos Trabalhadores, representado por João Vaccari Neto", um dos 11 operadores que foram alvo das medidas adotadas nessa nova fase da Lava Jato.
Outra metade da propina "era para a 'Casa', representada neste caso apenas por Renato Duque" e por ele mesmo, Barusco.
Ele afirmou saber que Vaccari "operacionalizava os recebimentos (de propinas) em favor do PT".
Segundo o delator, "às vezes o pagamento da propina foi integral para o Partido dos Trabalhadores."