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Defesa retira tropas da Rocinha por "situação estabilizada"

ÀS SETE - A saída dos soldados, segundo o ministro da Defesa, se dá pela situação de estabilidade e o fim da guerra entre os traficantes

EXÉRCITO NA ROCINHA: Operação das Forças Armadas continua nesta segunda e esperava a rendição de Rogério 157, chefe do morro / REUTERS/Bruno Kelly (Bruno Kelly/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2017 às 06h10.

Última atualização em 29 de setembro de 2017 às 11h40.

Tudo certo, nada resolvido. Uma semana depois do cercamento da favela da Rocinha por oficiais do Exército brasileiro, soldados deixam o entorno da comunidade nesta sexta-feira.

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Disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann, ao RJTV, da TV Globo, que a situação está estabilizada e o objetivo de acabar com a guerra entre traficantes foi alcançado.

“Isso foi alcançado sem uma bala perdida, sem uma criança ser morta ou ferida e também qualquer membro da comunidade”, disse. “Então, neste momento, já não se faz necessária a presença desses quase 1.000 homens que lá se encontram”.

A operação chegou muito perto de encurralar o traficante Rogério 157, “dono do morro” desde a queda de Nem, preso em 2011. Foram aliados do antigo chefe do tráfico que invadiram a favela armados até os dentes para tentar tomar de volta o controle da região. O balanço, contudo, foi de 24 presos, 25 fuzis, seis pistolas e 14 granadas apreendidas.

Os aterrorizantes vídeos que mostram a entrada dos homens de Nem na Rocinha mostram que havia muito mais armamento em poder dos bandidos.

Rogério 157 não foi preso e, daqui em diante, disse o ministro, a responsabilidade fica com a Polícia Militar do Rio. A Secretaria de Estado de Segurança afirmou em nota que “respeita e agradece a colaboração das Forças Armadas”.

Prometeu também reforçar o policiamento no batalhão local e na Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha. Foram identificados nada menos que 81 traficantes suspeitos de envolvimento nos confrontos na Rocinha. É bastante trabalho.

Ao governo federal, cabe agora solucionar o problema prisional. A ação na Rocinha só foi possível por meio da coordenação de Nem de dentro da cadeia, em Rondônia. Desde que a crise nas penitenciárias do início do ano arrefeceu, Jungmann, o presidente Michel Temer e seus três ministros da Justiça não tocam no assunto.

A negligência levou o Exército às ruas do Rio — e pode levar novamente. “Nós temos, eu diria, um bom número de operações que já estão engatilhadas, estão planejadas, estão prontas. Nós vamos ter a capacidade de chegar a qualquer comunidade entre uma e duas horas”, disse o ministro. Para que prevenir em vez de remediar?

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