Dersa: Laurence Casagrande Lourenço, ex-diretor-presidente do Departamento, também está preso (DERSA/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de junho de 2018 às 17h31.
São Paulo - A defesa do diretor da Departamento Rodoviário S/A (Dersa), Pedro Paulo Dantas Amaral, pediu ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) liberdade ao executivo, que é alvo da Operação Pedra no Caminho - investigação sobre desvios de R$ 600 milhões das obras do Rodoanel Norte. Pedro Paulo foi preso no dia 21 de junho e teve a custódia prorrogada na noite desta segunda-feira, 25, por ordem da juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal.
Na mesma decisão, a magistrada também estendeu a prisão de outros seis investigados. Na lista está o ex-diretor-presidente da Dersa Laurence Casagrande Lourenço - ex-secretário de Logística e Transporte do governo Geraldo Alckmin.
Na avaliação do advogado Daniel Bialski, que defende Pedro Paulo, "é arbitrária a prorrogação de prisão". Para o criminalista, o pedido de extensão da custódia "não trouxe qualquer fato concreto e nenhuma razão individualizada para tal justificativa" e a juíza "igualmente em sua decisão apenas trouxe suposições, sem qualquer elemento concreto, para deferir a prorrogação".
"Qualquer que seja a modalidade da prisão, ela é e deve ser excepcional, sendo a regra a liberdade", afirma o advogado.
Daniel Bialski registrou que a decisão não menciona a participação direta e ou indireta de Pedro Paulo "em ilicitude e que pudesse alinhar elementos desfavoráveis e incriminadores". O defensor requerer a revogação da prisão do diretor da Dersa "diante da flagrante e espúria coação de que é vítima".