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Cirurgião que operava em casa no Rio tem prisão temporária decretada

Médico é acusado de ter feito procedimento estético na cobertura de um apartamento que resultou na morte da paciente Lilian de Lima Jamberci, de 46 anos

Furtado é considerado foragido da Justiça do Rio (@bioplastiamedica/facebook/Reprodução)
AB

Agência Brasil

Publicado em 17 de julho de 2018 às 17h22.

Última atualização em 17 de julho de 2018 às 17h26.

Com prisão temporária de 30 dias decretada, o médico Denis Barros Furtado já é considerado foragido da Justiça do Rio. Ele é acusado de ter feito procedimento estético na cobertura de um apartamento na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, no último sábado (14), que resultou na morte da paciente Lilian de Lima Jamberci, de 46 anos.

A prisão foi decretada pelo juiz Paulo Cesar Vieira de Carvalho Filho, da 1ª Vara Criminal da Capital, que também decretou a prisão temporária de Maria de Fátima Furtado, mãe de Denis. Ambos estão foragidos.

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O juiz negou, no entanto, os pedidos de prisão temporária para Rosilane Pereira da Silva, empregada doméstica do médico, e a namorada dele, Renata Fernandes, que trabalhava como secretária, e participaram do procedimento. Renata está detida na 16ª Delegacia Policial.

Na decisão, o magistrado destacou que os depoimentos de testemunhas e as provas apresentadas até agora no inquérito são suficientes para decretar as prisões do médico e da mãe dele.

"Observa-se a necessidade inafastável da custódia cautelar, pelo prazo de 30 dias, vez que imprescindível para as diligências do inquérito policial, posto que a liberdade do indiciado compromete sobremodo a regular colheita da prova, além de configurar induvidoso risco de fuga", disse o juiz. Os quatro foram indiciados por homicídio doloso qualificado e associação criminosa.

O crime ocorreu na noite do último dia 14. Lilian veio de Cuiabá para um procedimento de preenchimento do glúteo a ser feito por Denis Furtado. Durante o procedimento, feito no apartamento do médico na Barra da Tijuca, a paciente passou mal, quando a levou para o Hospital Barra D'Or, no mesmo bairro, onde morreu na madrugada de domingo (15).

O comunicado do Poder Judiciário ressalta, ainda, que, de acordo com o inquérito, após a confirmação da morte de Lilian, um policial civil foi a um shopping na região para localizar Denis. Ele fugiu de carro assim que o policial se identificou. O documento também diz que a mãe, Maria de Fátima, teve o registro de médica cassada e é dona da clínica onde Denis atendia.

Conhecido como Dr. Bumbum, Furtado tem mais de 650 mil seguidores em rede social.

O médico já tem passagem pela polícia e responde a mais de dez inquéritos, um dos quais por assassinato, porte de armas e ameaça.

A polícia apreendeu o veículo em que o médico e a namorada prestaram os primeiros socorros a paciente. Também foi apreendido um segundo veículo onde foram encontrados os medicamentos que teriam sido usados no procedimento.

Em seu site, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) lamentou a morte da paciente e afirmou que Denis Barros Furtado não tem formação em cirurgia plástica e realizou o procedimento em sua residência, o que é proibido.

A SBCP disponibiliza em seu site, Facebook, e-mail ou telefone, uma consulta para saber se o médico é ou não credenciado para fazer uma cirurgia plástica.

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