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Decisão sobre cargos da Mesa Diretora gera impasse no Senado

Disputa pelo cargo de primeiro vice-presidente ainda é incerta; disputa está entre MDB e PSD

Plenário do Senado Federal (Adriano Machado/Reuters)

Plenário do Senado Federal (Adriano Machado/Reuters)

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Alessandra Azevedo

Publicado em 2 de fevereiro de 2021 às 16h10.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2021 às 16h13.

Com a eleição de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência do Senado, nesta segunda-feira, 1º, ficou pendente a definição de quem ocupará as vice-presidências e as secretarias da Casa. A sessão estava marcada para as 14h, mas começou pouco antes das 16h, diante de alguns impasses na escolha dos nomes. A principal dúvida é quem ficará com a primeira vice-presidência. A briga está entre o MDB e o PSD.

Um dos motivos para o impasse é que, na semana passada, o então presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), prometeu a primeira vice-presidência ao MDB, caso o partido desembarcasse da candidatura de Simone Tebet (MDB-MS). A bancada resolveu deixar a senadora, mas, agora, não tem certeza se conseguirá o cargo, que já estava sendo negociado com o PSD, que apoiou Pacheco desde o início.

O candidato pelo MDB é o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Pelo PSD, concorre Lucas Barreto (PSD-AP). "Vamos ainda buscar uma convergência. Se não for possível, vai pra disputa do voto", disse Pacheco, nesta terça, antes de abrir a sessão. "Obviamente, vamos buscar essa compatibilização, para dar todo o prestígio a todos os partidos da Casa. É o que tenho buscado fazer até o último momento", afirmou.

Praticamente todos os outros cargos estão definidos, mas podem surgir novos candidatos caso não haja acordo sobre a primeira vice-presidência. Por enquanto, apenas um senador registrou candidatura para cada cargo, respeitando o critério de proporcionalidade, pelo qual as maiores bancadas têm prioridade na indicação. Nesse caso, a primeira vice-presidência ficaria com o MDB, que é a maior bancada, com 15 senadores. O PSD ficaria com a primeira secretaria, cargo também bastante cobiçado.

O único candidato, até o momento, para a segunda vice-presidência é Romário (Podemos-RJ). A primeira secretaria, se não houver mudanças, deve ficar com Irajá Abreu (PSD-TO); a segunda secretaria, com Elmano Férrer (PP-PI); a terceira, com Rogério Carvalho (PT-SE); e a quarta, com Weverton (PDT-MA). Para as quatro suplências, se candidataram Jorginho Mello (PL-SC) e Luiz do Carmo (MDB-GO). As outras duas vagas ainda estão em aberto.

Comissões

O Senado também precisa decidir quem ocupará as presidências das comissões temáticas.  "Acho bom nós agilizarmos isso, já definirmos comissões permanentes da Casa. É possível que, após uma reunião do colégio de lideres, que pretendo marcar ainda para esta semana, a gente possa definir essa pauta da composição das comissões na próxima semana", afirmou Pacheco. 

O ex-presidente Davi Alcolumbre é um dos cotados para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais importantes da Casa. "Há uma possibilidade de o Davi Alcolumbre ser presidente da CCJ, mas ainda está para definir. Vai ser um outro capítulo para podermos definir as comissões temáticas da casa", disse Pacheco.

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