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Decisão de ministro da Justiça sobre ficar no cargo é adiada

A decisão do ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, de permanecer ou não no cargo só deverá acontecer na semana que vem


	Wellington César Lima e Silva: Dilma "deu tranquilidade ao ministro para que ele faça aquilo que for melhor para ele, do ponto de vista pessoal"
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Wellington César Lima e Silva: Dilma "deu tranquilidade ao ministro para que ele faça aquilo que for melhor para ele, do ponto de vista pessoal" (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2016 às 08h33.

Brasília - A decisão do ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, de permanecer ou não no cargo só deverá acontecer na semana que vem, segundo interlocutores do Planalto.

A avaliação, após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira, 9, que proibiu que ele acumule a função com seu cargo de procurador no Estado da Bahia, é que a escolha será de "caráter pessoal" do ministro.

Wellington César não conversou com a presidente Dilma Rousseff, depois da decisão do STF. Ele apenas informou aos ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e ao advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que precisava do fim de semana para discutir a questão com a família, e que no início da próxima semana informaria à presidente se sai ou fica. Para ficar, ele tem de renunciar à carreira de procurador de Justiça.

Segundo o secretário de Comunicação Social, Edinho Silva, Dilma "deu tranquilidade ao ministro para que ele faça aquilo que for melhor para ele, do ponto de vista pessoal".

Acrescentou ainda que "ele foi o ministro identificado por ela, um ministro que ela entendia que era o melhor quadro para ocupar um cargo no Ministério naquele momento, e, portanto, é alguém que tem o respeito da presidente Dilma".

Edinho considera, no entanto, que se criou um "imbróglio jurídico que precisa ser resolvido".

O ministro Edinho Silva não quis falar em "erro" na escolha de Wellington César pelo governo.

"Você julgar o que é erro hoje de uma decisão tomada anteriormente é muito simples, é fácil. Tinha uma interpretação jurídica, tinha uma interpretação da legislação, inclusive o governo se baseava em fatos existentes, outros integrantes do MP que ocupavam cargo em outras esferas do executivo, portanto, o governo fez o que achou melhor", declarou.

Para Edinho, cabe ao ministro fazer a opção de sair ou ficar.

Plano B

Em ao menos dois encontros entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o "plano B" para a substituição do ministro da Justiça foi discutido. Diante da decisão do STF e do tempo dado ao ministro, a presidente resolveu esperar para pensar em nomes. No Planalto, há quem acredite que Wellington César possa abandonar a carreira para ficar no governo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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