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Daniel Alves denuncia racismo, mas vê "guerra perdida"

O jogador da seleção brasileira reclamou de forma veemente e admitiu que sofre com o racismo há uma década na Espanha

O jogador do Barcelona, Daniel Alves: "Sei que estão lutando contra isso, mas segue acontecendo este topo de referências (racistas)", afirmou o jogador (David Ramos/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Barcelona - Depois de manifestar indignação na última quarta-feira à noite por meio de sua página no Twitter , na qual denunciou atos racistas da torcida merengue em relação a ele durante o clássico entre Real Madrid e Barcelona, no Santiago Bernabéu, pela semifinal da Copa do Rei, o lateral-direito Daniel Alves voltou a lamentar o comportamento de alguns seguidores da equipe madrilenha nesta quinta, em entrevista coletiva, concedida no clube catalão.

O jogador da seleção brasileira reclamou de forma veemente e admitiu que sofre com o racismo há uma década na Espanha, fato que agora o fez apontar o problema como uma "guerra perdida" na Espanha enquanto não forem aplicadas punições mais severas aos clubes envolvidos.

"Sei que estão lutando contra isso, mas segue acontecendo este topo de referências (racistas). Para mim é uma guerra perdida. Faz dez anos que estou na Espanha e isso acontece desde o primeiro dia", disse o lateral, antes de completar: "Deveriam tomar medidas drásticas. Por exemplo, punir o clube com mais dureza, não com 1.000 ou 2.000 euros. É preciso ir um pouco mais além. Às vezes temos de buscar exemplos e na Inglaterra isso não acontece e, quando ocorre, as punições são exemplares".

Daniel Alves fez questão de ressaltar, porém, que não foi vítima de racismo apenas por parte da torcida do Real Madrid ao longo dos últimos dez anos, mas sim em todos os estádios que jogou como visitante na Espanha.


Antes de atuar pelo Barcelona, ele defendeu o Sevilla. E a indignação do brasileiro não se restringiu aos atos racistas na última quarta. Para ele, a arbitragem também ajudou os jogadores do Real, entre eles Cristiano Ronaldo, no clássico que terminou empatado por 1 a 1 na última quarta. O atleta acusou o juiz de não punir duras entradas dos adversários com o rigor necessário.

"Continuo sem entender como a jogada (entrada dura) de Cristiano Ronaldo não foi para cartão amarelo. Se tivesse sido ao contrário, a mim teriam mostrado o cartão vermelho. Mas, claro, parece que não se pode deixar o clássico sem Cristiano", disse o jogador, se referindo ao fato também de que o português deverá travar um novo e esperado duelo de astros com Messi no confronto de volta da semifinal, no dia 26 de fevereiro, no Camp Nou.

Daniel Alves ainda apontou que o Barcelona merecia ter saído de Madri com uma vitória diante do Real, tendo em vista o fato de que perdeu boas chances de gol, e agora aposta na classificação do time catalão para a decisão. "Não aproveitamos todas as oportunidades que tivemos e agora a eliminatória se decidirá em casa. É uma oportunidade maravilhosa para nós", projetou.

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Barcelona - Depois de manifestar indignação na última quarta-feira à noite por meio de sua página no Twitter , na qual denunciou atos racistas da torcida merengue em relação a ele durante o clássico entre Real Madrid e Barcelona, no Santiago Bernabéu, pela semifinal da Copa do Rei, o lateral-direito Daniel Alves voltou a lamentar o comportamento de alguns seguidores da equipe madrilenha nesta quinta, em entrevista coletiva, concedida no clube catalão.

O jogador da seleção brasileira reclamou de forma veemente e admitiu que sofre com o racismo há uma década na Espanha, fato que agora o fez apontar o problema como uma "guerra perdida" na Espanha enquanto não forem aplicadas punições mais severas aos clubes envolvidos.

"Sei que estão lutando contra isso, mas segue acontecendo este topo de referências (racistas). Para mim é uma guerra perdida. Faz dez anos que estou na Espanha e isso acontece desde o primeiro dia", disse o lateral, antes de completar: "Deveriam tomar medidas drásticas. Por exemplo, punir o clube com mais dureza, não com 1.000 ou 2.000 euros. É preciso ir um pouco mais além. Às vezes temos de buscar exemplos e na Inglaterra isso não acontece e, quando ocorre, as punições são exemplares".

Daniel Alves fez questão de ressaltar, porém, que não foi vítima de racismo apenas por parte da torcida do Real Madrid ao longo dos últimos dez anos, mas sim em todos os estádios que jogou como visitante na Espanha.


Antes de atuar pelo Barcelona, ele defendeu o Sevilla. E a indignação do brasileiro não se restringiu aos atos racistas na última quarta. Para ele, a arbitragem também ajudou os jogadores do Real, entre eles Cristiano Ronaldo, no clássico que terminou empatado por 1 a 1 na última quarta. O atleta acusou o juiz de não punir duras entradas dos adversários com o rigor necessário.

"Continuo sem entender como a jogada (entrada dura) de Cristiano Ronaldo não foi para cartão amarelo. Se tivesse sido ao contrário, a mim teriam mostrado o cartão vermelho. Mas, claro, parece que não se pode deixar o clássico sem Cristiano", disse o jogador, se referindo ao fato também de que o português deverá travar um novo e esperado duelo de astros com Messi no confronto de volta da semifinal, no dia 26 de fevereiro, no Camp Nou.

Daniel Alves ainda apontou que o Barcelona merecia ter saído de Madri com uma vitória diante do Real, tendo em vista o fato de que perdeu boas chances de gol, e agora aposta na classificação do time catalão para a decisão. "Não aproveitamos todas as oportunidades que tivemos e agora a eliminatória se decidirá em casa. É uma oportunidade maravilhosa para nós", projetou.

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