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Damares lamenta caso João de Deus e defende "contrarrevolução cultural"

"No momento em que a gente coloca a menina igual ao menino, ele vai pensar 'é igual, ela pode levar porrada'", disse

Damares Alves: menino vai aprender que a menina merece ganhar flores, afirmou (Valter Campanato/Agência Brasil)

Damares Alves: menino vai aprender que a menina merece ganhar flores, afirmou (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de dezembro de 2018 às 19h50.

Última atualização em 11 de dezembro de 2018 às 19h50.

Brasília - A futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse nesta terça-feira, 11, que "ninguém pode se valer da autoridade pastoral para abusar de uma mulher", em referência às denúncias contra o médium João de Deus. Ao lamentar o episódio, ela defendeu uma "contrarrevolução cultural" baseada na educação transmitida às crianças.

"No momento em que a gente coloca a menina igual ao menino, ele vai pensar 'é igual, ela pode levar porrada'", disse. Damares afirmou também que é preciso "tratar menino como príncipe e menina como princesa". A futura ministra disse que o abuso contra a mulher é uma realidade - por isso a necessidade, segundo ela, da contrarrevolução.

"Vamos ter que cuidar da mulher lá na infância, lá na escola. Menino de 3 anos vai aprender que a menina merece ganhar flores. Menino de 7 anos vai poder levar chocolate pra menina porque ela é especial", disse.

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