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Dom Orani Tempesta defende manifestações mais pacíficas

Arcebispo do Rio lamentou a morte cerebral do cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade


	Dom Orani Tempesta: "temos não apenas que nos colocar mais protegidos diante das manifestações, mas levar o País a ter manifestações mais pacíficas"
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Dom Orani Tempesta: "temos não apenas que nos colocar mais protegidos diante das manifestações, mas levar o País a ter manifestações mais pacíficas" (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 17h56.

Brasília - O arcebispo do Rio e presidente do Conselho de Comunicação Social (CCS) do Senado, dom Orani Tempesta, lamentou a morte cerebral do cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade. "Temos não apenas que nos colocar mais protegidos diante das manifestações, mas levar o País a ter manifestações mais pacíficas, que possamos conversar", afirmou nesta segunda-feira, 10, ao fim da reunião do CCS. Dom Orani foi recentemente indicado ao posto de cardeal pelo papa Francisco.

A CCS do Senado também emitiu uma nota de repúdio pelo caso. Santiago teve morte cerebral após ser atingido na cabeça por um rojão enquanto trabalhava na cobertura de uma manifestação, no Rio de Janeiro, na última quinta-feira, 6.

O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, que também faz parte do Conselho, disse que a entidade vai cobrar das autoridades a punição dos responsáveis pela morte do cinegrafista. "A Fenaj está alertando os jornalistas de que é preciso reagir. Não aceitamos isso com naturalidade. As mortes de jornalistas estão aumentando e a violência contra eles também. Queremos as pessoas que causaram essa morte presas", afirmou.

Segundo Schröder, é preciso ainda exigir das empresas de comunicação segurança para os profissionais que trabalham nas coberturas de protestos. "Precisamos de todas as ferramentas que garantam a segurança e isso passa por capacetes, coletes, treinamento e até seguro de vida. Mas isso não basta", concluiu.

Criado pela Constituição de 1988, o Conselho de Comunicação Social não tem poder normativo, mas funciona como órgão auxiliar do Congresso Nacional na elaboração de estudos, pareceres e recomendações, entre outras solicitações dos parlamentares, sobre assuntos relacionados à comunicação e à liberdade de expressão.

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