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Novo AI-5?; Impeachment de Trump avança; 73% das cidades brasileiras tem gestão fiscal difícil
Da Redação
Publicado em 1 de novembro de 2019 às 07h23.
Última atualização em 1 de novembro de 2019 às 07h27.
Em entrevista ao programa da jornalista Leda Nagle, publicada nesta quinta-feira (31), Eduardo Bolsonaro defendeu que se houver “radicalização da esquerda” semelhante às manifestações do Chile, “a resposta pode ser via um novo AI-5”. “Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual ao final dos anos 60 no Brasil”, afirmou. Mesmo após críticas, o parlamentar dobrou a aposta de citações à Ditadura Militar e fez mais duas publicações no Twitter. Uma do voto do pai, Jair Bolsonaro, no impeachment de Dilma Rousseff, quando ele fez uma homenagem a Carlos Brilhante Ustra. A segunda foi um vídeo comentando sobre o AI-5. Após a reação de parlamentares governistas e da oposição e de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil, Bolsonaro afirmou que falou ao filho para tirar “a palavra AI-5” do vocabulário.
73% das cidades brasileiras tem gestão fiscal difícil ou crítica
73% dos municípios brasileiros foram avaliados com gestão fiscal difícil ou crítica, de acordo com um índice divulgado nesta quinta-feira 31 pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Essa realidade atinge nove capitais: Florianópolis, Maceió, Porto Velho, Belém, Campo Grande, Natal, Cuiabá, Rio de Janeiro e São Luís. O índice considera autonomia, gasto com pessoal, investimentos e liquidez. Nesse último quesito, há quatro capitais com nota zero: Belém, Cuiabá, Rio de Janeiro e São Luís. Na prática, a falta de liquidez pode fazer com que a cidade tenha que adiar pagamentos a fornecedores ou até mesmo de servidores públicos, como já aconteceu no Rio de Janeiro recentemente mais de uma vez.
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira 31 que está cada vez mais difícil de se descobrir a origem do óleo que atingiu as praias do Nordeste. “Ninguém sabe a origem ainda. Diminuiu bastante possibilidade de se encontrar e ter um responsável. Não temos nada de concreto”, afirmou. “Os órgãos do governo estão empenhados. Talvez na semana que vem consiga tempo para sobrevoar a região”, disse. Ontem, o vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que havia “uma boa chance” de se anunciar o desfecho da investigação ainda nesta semana. Mourão exerceu até ontem a Presidência, durante a viagem de Bolsonaro à Ásia e ao Oriente Médio.
A Fiat Chrysler e a controladora da Peugeot, PSA, fecharam nesta quinta-feira 31 um acordo de fusão. Com isso, as empresas passam a formar o quarto maior grupo automotivo do mundo. O valor de mercado estimado do negócio gira em torno de 50 bilhões de dólares e a divisão acionária é de 50% para cada uma das partes. O anúncio ocorreu menos de cinco meses depois que a FCA havia desistido de negociações para uma fusão com a Renault. O grupo terá as marcas Fiat, Jeep, Dodge, Ram, Chrysler, Alfa Romeo, Maserati, Peugeot, DS, Opel e Vauxhall, incluindo carros populares, de luxo, utilitários esportivos e veículos comerciais. PSA e FCA afirmaram que esperam concluir o acordo nas próximas semanas. O negócio criará um grupo com vendas de 8,7 milhões de veículos por ano e que ficará atrás de Volkswagen, Toyota e Renault-Nissan.
Câmara formaliza impeachment de Trump
A formalização do processo de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi aprovada nesta quinta-feira 31 após votação na Câmara dos Deputados. A resolução que passou na Casa permitirá aos legisladores interrogarem publicamente as testemunhas e elaborarem um relatório final. A votação é o primeiro teste formal de apoio para o inquérito que a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, lançou no dia 24 de setembro. A investigação apura se Trump pressionou a Ucrânia para ajudar em sua campanha à reeleição, acusação que ele nega. A resolução foi aprovada por 232 votos a favor e 196 contra. O documento estipula um roteiro para continuar com uma investigação que até agora tem sido conduzida em regime confidencial segundo regras estabelecidas pela maioria democrata, de oposição ao chefe de governo.
Trump: ‘injusto e inconstitucional’
A Casa Branca condenou a formalização do processo de impeachment contra o presidente Donald Trump. Segundo a porta-voz do governo, Stephanie Grisham, o progresso da investigação é “injusto e inconstitucional”. “Os democratas querem chegar a um veredicto sem dar ao governo uma oportunidade de montar sua defesa. Isso é injusto e inconstitucional”, acusou. A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta o texto que estipula um roteiro da investigação contra Trump. Trump reagiu à notícia de forma imediata no Twitter e denunciou o processo, chamado por ele na postagem de “maior caça às bruxas da história dos Estados Unidos”. Apesar de a formalização do processo garantir a Trump o direito de se defender, a Casa Branca se apressou em definir o processo como uma “tentativa descaradamente partidária de destruir o presidente”.
Jeremy Corbyn promete novo referendo sobre Brexit
Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, prometeu nesta quinta-feira 31 resolver a questão do Brexit em seis meses. Seu plano é negociar um “acordo sensato” com a União Europeia (UE) e submetê-lo a um referendo popular. Aprovada por referendo em 2016, a saída do Reino Unido do bloco é um dilema sem solução desde então. No referendo prometido por Corbyn, haveria também a possibilidade de a população escolher permanecer no bloco. Além disso, o trabalhista acusou o atual premiê britânico, Boris Johnson, de ser o único responsável por não ter conseguido tirar o Reino Unido da União Europeia até esta quinta-feira, a data-limite estabelecida pelo bloco para a separação. Agora, o prazo foi estendido até 31 de janeiro de 2020. A declaração se deu depois de o parlamento ter aprovado as eleições gerais antecipadas no dia 12 de dezembro, nas quais Corbyn se lança como candidato alternativo a Johnson. Já em tom de campanha eleitoral, o líder trabalhista também prometeu colocar o poder e as riquezas nas mãos da maioria dos britânicos.