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Cúpula do Mercosul permitirá analisar situação do Paraguai, diz Patriota

De acordo com chanceler, reunião que acontece na próxima semana em Mendoza, Argentina, irá permitir que países membros discutam situação no Paraguai

Antonio Patriota: ministro integrou missão da Unasul que foi até Assunção para analisar situação paraguaia (©AFP / Evaristo Sa)
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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2012 às 15h53.

Rio de Janeiro - A Cúpula do Mercosul da próxima semana em Mendoza (Argentina) permitirá que os Governos da região discutam o novo Governo do Paraguai após a cassação do presidente Fernando Lugo, afirmou o chanceler brasileiro, Antonio Patriota.

A reunião dos presidentes do Mercosul, que começará na próxima quinta-feira e reunirá outros governantes da América do Sul, permitirá analisar a situação do Paraguai, disse Patriota em declarações ao portal de notícias G1.

No evento, serão discutidas medidas a serem adotadas caso seja considerado que houve uma ruptura constitucional no país. 'Há várias formas de se manifestar, desde não convidar autoridades que tomaram poder no Paraguai a participar de cúpulas, até o esfriamento das relações em diferentes níveis', afirmou o ministro ao portal na sua chegada o Rio de Janeiro desde Assunção.

O chanceler retornou ao país após integrar a missão enviada pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul) em Assunção. 'Os Governos que compõem a Unasul examinarão em que medida pode prosseguir a cooperação do Paraguai em nosso esforço de integração nacional', disse ao portal.

Para Patriota, a posição brasileira será a mesma adotada pela Unasul e confirmou que os países da região estão realizando consultas antes de se pronunciarem. Segundo a declaração citada pelo portal, o organismo regional pode até declarar a cassação de Lugo como uma ameaça à ordem democrática.

O chanceler ainda disse que o Governo brasileiro reconhece Estados e não Governos e, portanto, a embaixada brasileira em Assunção seguirá funcionando normalmente.

O presidente do Paraguai foi cassado de seu cargo na última sexta, depois do Senado do país declará-lo culpado por mau desempenho de suas funções. Com isso, Lugo foi substituído pelo vice-presidente, Federico Franco

No entanto, os Governos da Argentina, Equador, Bolívia e Venezuela anunciaram que não reconhecerão Franco por considerar que ele chegou à Presidência mediante um 'golpe de Estado'.

Em entrevista coletiva concedida na sexta-feira antes de ser informada a cassação do líder, a presidente brasileira, Dilma Rousseff, explicou que a 'cláusula democrática' da Unasul prevê a suspensão de um país em caso de ruptura constitucional, mas não comentou se seria aplicado diante de uma cassação de Lugo, como acabou acontecendo. EFE

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Rio de Janeiro - A Cúpula do Mercosul da próxima semana em Mendoza (Argentina) permitirá que os Governos da região discutam o novo Governo do Paraguai após a cassação do presidente Fernando Lugo, afirmou o chanceler brasileiro, Antonio Patriota.

A reunião dos presidentes do Mercosul, que começará na próxima quinta-feira e reunirá outros governantes da América do Sul, permitirá analisar a situação do Paraguai, disse Patriota em declarações ao portal de notícias G1.

No evento, serão discutidas medidas a serem adotadas caso seja considerado que houve uma ruptura constitucional no país. 'Há várias formas de se manifestar, desde não convidar autoridades que tomaram poder no Paraguai a participar de cúpulas, até o esfriamento das relações em diferentes níveis', afirmou o ministro ao portal na sua chegada o Rio de Janeiro desde Assunção.

O chanceler retornou ao país após integrar a missão enviada pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul) em Assunção. 'Os Governos que compõem a Unasul examinarão em que medida pode prosseguir a cooperação do Paraguai em nosso esforço de integração nacional', disse ao portal.

Para Patriota, a posição brasileira será a mesma adotada pela Unasul e confirmou que os países da região estão realizando consultas antes de se pronunciarem. Segundo a declaração citada pelo portal, o organismo regional pode até declarar a cassação de Lugo como uma ameaça à ordem democrática.

O chanceler ainda disse que o Governo brasileiro reconhece Estados e não Governos e, portanto, a embaixada brasileira em Assunção seguirá funcionando normalmente.

O presidente do Paraguai foi cassado de seu cargo na última sexta, depois do Senado do país declará-lo culpado por mau desempenho de suas funções. Com isso, Lugo foi substituído pelo vice-presidente, Federico Franco

No entanto, os Governos da Argentina, Equador, Bolívia e Venezuela anunciaram que não reconhecerão Franco por considerar que ele chegou à Presidência mediante um 'golpe de Estado'.

Em entrevista coletiva concedida na sexta-feira antes de ser informada a cassação do líder, a presidente brasileira, Dilma Rousseff, explicou que a 'cláusula democrática' da Unasul prevê a suspensão de um país em caso de ruptura constitucional, mas não comentou se seria aplicado diante de uma cassação de Lugo, como acabou acontecendo. EFE

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