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Cúpula Celac-UE tem Castro, Rajoy, Dilma e Merkel

Grande parte das atenções do encontro em Santiago estará sobre o grande ausente: o presidente da Venezuela, Hugo Chávez

A presidente Dilma Rousseff : a presença da presidente foi confirmada semana passada pelo ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota. (Antonio Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 14h48.

Santiago do Chile - Dilma Rousseff , Sebastián Piñera, Raúl Castro e Hugo Chávez, mesmo ausente, compartilharão com os europeus Angela Merkel e Mariano Rajoy o protagonismo da 1ª Cúpula CELAC-UE, que será realizada nos dias 26 e 27 em Santiago, no Chile.

A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) foi criada em fevereiro de 2010, durante a Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe, realizada em Riviera Maya (México).

Grande parte das atenções do encontro em Santiago estará sobre o grande ausente: o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Eleito em outubro de 2012 para um quarto mandato, o líder venezuelano não jurou seu cargo no dia 10 de janeiro e permanece em Havana, em Cuba, onde está hospitalizado após realizar sua quarta operação contra um câncer.

A incerteza política gerada pelo estado de saúde de Chávez não se restringe ao seu país, atingindo toda a região, opinam muitos analistas.

Não está prevista nenhuma declaração oficial durante a cúpula sobre o estado de saúde do presidente da Venezuela, mas a questão deverá ser amplamente debatida nos encontros informais entre os líderes presentes no encontro.

Um episódio protagonizado por Chávez em Santiago é lembrado até hoje. Em dezembro de 2007, durante a XVII Cúpula Ibero-Americana, o rei Juan Carlos da Espanha reprovou as constantes intervenções do líder venezuelano proferindo a famosa frase: "por que não se cala?".


O chanceler chileno, Alfredo Moreno, comentou dias atrás que a Venezuela estará presente na cúpula "por quem possa representá-la nesse momento", em alusão ao vice-presidente do país, Nicolás Maduro.

Outra figura que chamará atenção no encontro entre a CELAC e a União Europeia (UE) é a do líder cubano Raúl Castro, cuja participação foi confirmada dias atrás. Nunca um presidente da ilha esteve presente em uma reunião entre ambos os blocos.

Durante encontro entre chefes de Governo e Estado da CELAC que será realizado no dia 28 de janeiro, Cuba assumirá a presidência temporária do organismo, atualmente nas mãos do Chile.

Esta será a primeira visita de Raúl Castro ao Chile. Seu irmão, Fidel Castro, esteve no país em 1971, durante o governo do presidente Salvador Allende, deposto em 1973.

Em sua condição de anfitrião, o presidente chileno, Sebastián Piñera, será outra das personalidades de destaque da reunião de Santiago.

Piñera, que preside tanto a CELAC como a Aliança do Pacífico, terá oportunidade de mostrar aos seus colegas da Europa e América Latina o progresso econômico do Chile, um dos cinco países que mais crescem no mundo.

Já a presença da presidente Dilma Rousseff foi confirmada semana passada pelo ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota. A governante não deu detalhes sobre os assuntos que discutirá na cúpula, mas sua ida ao encontro por si só fortalece o evento.

Entre os líderes europeus que participarão da cúpula figuram, entre outros, o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy; a chanceler alemã, Angela Merkel; o primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault; e o presidente da Finlândia, Sauli Niinisto. Todos eles realizarão, além disso, uma visita oficial ao Chile.


Durante reunião que terá com Piñera, no dia 25, Rajoy expressará a aposta da Espanha no Chile, para onde se dirigem cada vez mais pequenas e médias empresas do país europeu.

Apoiado pela segurança jurídica, oportunidades de negócio e uma macroeconomia considerada exemplar, o investimento espanhol no Chile cresceu nos últimos anos até atingir US$ 15 bilhões.

Rajoy aproveitará a reunião para demonstrar as possibilidades que a Espanha oferece às empresas chilenas. Apesar da crise, as exportações do Chile para a Espanha aumentaram mais de 10% no primeiro semestre de 2012, enquanto para o conjunto da UE caíram 20%.

A presença de Angela Merkel também será muito valorizada em Santiago. A líder terá uma reunião bilateral com o presidente Piñera no dia 26, no Palácio de la Moneda.

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A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) foi criada em fevereiro de 2010, durante a Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe, realizada em Riviera Maya (México).

Grande parte das atenções do encontro em Santiago estará sobre o grande ausente: o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Eleito em outubro de 2012 para um quarto mandato, o líder venezuelano não jurou seu cargo no dia 10 de janeiro e permanece em Havana, em Cuba, onde está hospitalizado após realizar sua quarta operação contra um câncer.

A incerteza política gerada pelo estado de saúde de Chávez não se restringe ao seu país, atingindo toda a região, opinam muitos analistas.

Não está prevista nenhuma declaração oficial durante a cúpula sobre o estado de saúde do presidente da Venezuela, mas a questão deverá ser amplamente debatida nos encontros informais entre os líderes presentes no encontro.

Um episódio protagonizado por Chávez em Santiago é lembrado até hoje. Em dezembro de 2007, durante a XVII Cúpula Ibero-Americana, o rei Juan Carlos da Espanha reprovou as constantes intervenções do líder venezuelano proferindo a famosa frase: "por que não se cala?".


O chanceler chileno, Alfredo Moreno, comentou dias atrás que a Venezuela estará presente na cúpula "por quem possa representá-la nesse momento", em alusão ao vice-presidente do país, Nicolás Maduro.

Outra figura que chamará atenção no encontro entre a CELAC e a União Europeia (UE) é a do líder cubano Raúl Castro, cuja participação foi confirmada dias atrás. Nunca um presidente da ilha esteve presente em uma reunião entre ambos os blocos.

Durante encontro entre chefes de Governo e Estado da CELAC que será realizado no dia 28 de janeiro, Cuba assumirá a presidência temporária do organismo, atualmente nas mãos do Chile.

Esta será a primeira visita de Raúl Castro ao Chile. Seu irmão, Fidel Castro, esteve no país em 1971, durante o governo do presidente Salvador Allende, deposto em 1973.

Em sua condição de anfitrião, o presidente chileno, Sebastián Piñera, será outra das personalidades de destaque da reunião de Santiago.

Piñera, que preside tanto a CELAC como a Aliança do Pacífico, terá oportunidade de mostrar aos seus colegas da Europa e América Latina o progresso econômico do Chile, um dos cinco países que mais crescem no mundo.

Já a presença da presidente Dilma Rousseff foi confirmada semana passada pelo ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota. A governante não deu detalhes sobre os assuntos que discutirá na cúpula, mas sua ida ao encontro por si só fortalece o evento.

Entre os líderes europeus que participarão da cúpula figuram, entre outros, o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy; a chanceler alemã, Angela Merkel; o primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault; e o presidente da Finlândia, Sauli Niinisto. Todos eles realizarão, além disso, uma visita oficial ao Chile.


Durante reunião que terá com Piñera, no dia 25, Rajoy expressará a aposta da Espanha no Chile, para onde se dirigem cada vez mais pequenas e médias empresas do país europeu.

Apoiado pela segurança jurídica, oportunidades de negócio e uma macroeconomia considerada exemplar, o investimento espanhol no Chile cresceu nos últimos anos até atingir US$ 15 bilhões.

Rajoy aproveitará a reunião para demonstrar as possibilidades que a Espanha oferece às empresas chilenas. Apesar da crise, as exportações do Chile para a Espanha aumentaram mais de 10% no primeiro semestre de 2012, enquanto para o conjunto da UE caíram 20%.

A presença de Angela Merkel também será muito valorizada em Santiago. A líder terá uma reunião bilateral com o presidente Piñera no dia 26, no Palácio de la Moneda.

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