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Cunha se recusou a fazer exame para comprovar aneurisma

Cunha disse ter um aneurisma cerebral e relatou que não há condição de tratamento médico no presídio onde está detido

Eduardo Cunha: advogados afirmam que família tem exames comprovando o aneurisma que serão entregues à Justiça

Eduardo Cunha: advogados afirmam que família tem exames comprovando o aneurisma que serão entregues à Justiça

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de fevereiro de 2017 às 14h25.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2017 às 15h08.

Curitiba - O ex-deputado Eduardo Cunha se recusou a fazer exames médicos nesta quarta-feira, 8, segundo relato do diretor do Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen), Luiz Alberto Cartaxo.

A informação foi gravada em áudio pelo diretor, que deve detalhar o caso em coletiva de imprensa ainda no período da tarde.

Na terça-feira, 7, em audiência com o juiz Sérgio Moro, Cunha disse ter um aneurisma cerebral e relatou que não há condição de tratamento médico no presídio onde está detido.

De acordo com advogados do peemedebista, a família do ex-deputado tem exames médicos que comprovam a situação e serão entregues à Justiça.

Nesta quarta, o Depen pretendia fazer exames médicos para comprovar a doença, mas Cunha não quis se submeter aos procedimentos.

Cartaxo relata que o ex-deputado informou ao corpo médico do Complexo Médico Penal (CMP) em 21 de dezembro possuir a doença, mas não encaminhou os exames relativos ao diagnóstico do aneurisma.

De acordo com Cartaxo, tudo será relatado ao juiz Sérgio Moro, responsável pela ação penal na qual Cunha é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas por suposto recebimento de propina relativo a um negócio da Petrobras na África e manutenção do dinheiro em contas secretas na Suíça.

Moro poderá fazer a determinação pela realização de exames médicos, caso a defesa protocole pedido de liberdade ou prisão domiciliar em razão da doença.

Até agora, no entanto, o pedido de revogação da prisão preventiva de Cunha feito por seus advogados não usou esse fundamento.

Até a manhã desta quarta, a defesa do advogado não havia sido comunicada da intenção do Depen de submetê-lo a exames médicos.

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