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Cunha pede nomes para criar comissão de impeachment de Temer

Segundo jornal, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, muda de rota e dá hoje os primeiros passos para abrir o processo de impeachment de Temer

Michel Temer e Eduardo Cunha: presidente da Câmara muda de rota e dá sinais de que vai desengavetar pedido de impeachmento do vice-presidente (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Talita Abrantes

Publicado em 6 de abril de 2016 às 18h13.

São Paulo - Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha , começou a dar hoje os primeiros passos para instaurar o processo de impeachment do vice-presidente Michel Temer .

De acordo com jornal, o peemedebista enviou ofícios para os líderes partidários pedindo a indicação de nomes para a instauração de uma comissão especial para analisar o caso.

Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, determinou que Cunha desse continuidade ao processo de abertura de impeachment do vice.

A princípio, o peemedebista disse que não iria acatar a decisão e que iria recorrer. Ao que tudo indica, ele mudou de ideia. Até o momento, o presidente da Câmara não foi encontrado pela reportagem.

Entenda o caso

Em dezembro do ano passado, o advogado mineiro Mariel Márley Marra protocolou o pedido na Câmara dos Deputados, sob a justificativa de que Temer cometeu crime de responsabilidade ao assinar decretos que autorizam a abertura de crédito suplementar sem a autorização do Congresso. O pedido, no entanto, foi arquivado pelo presidente da Casa.

A prática é um dos argumentos do requerimento contra Dilma Rousseff, que tramita na Comissão Especial de Impeachment na Câmara.

Marra recorreu ao STF alegando que Cunha não poderia ter julgado sozinho a abertura do processo e que deveria abrir uma comissão para decidir sobre a abertura do processo contra Temer.

Marco Aurélio Mello concordou com esse argumento e determinou a formação de uma comissão especial, nos moldes da que analisa o processo de deposição da petista, para avaliar a denúncia contra o peemedebista.

Em sua decisão, o magistrado pondera que a determinação não emite "qualquer compreensão quanto à conduta do vice-presidente da República, revelada na edição dos decretos". O problema, segundo ele, é que Cunha não respeitou formalidades legais para o prosseguimento do impeachment.

"O presidente da Câmara dos Deputados, após proclamar o atendimento dos requisitos formais da denúncia, a apreciou quanto ao mérito - a procedência ou improcedência -, queimando etapas que, em última análise, consubstanciam questões de essencialidade maior", afirmou.

Nesta terça, Temer anunciou que irá se licenciar da presidência do PMDB - cargo que ocupa há 15 anos - para que o senador Romero Jucá, que o substitui, "tenha condições de defender o partido dos ataques que vêm sofrendo nos últimos dias". Isso acontece uma semana depois que a sigla anunciou o fim da aliança com o governo.

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De acordo com jornal, o peemedebista enviou ofícios para os líderes partidários pedindo a indicação de nomes para a instauração de uma comissão especial para analisar o caso.

Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, determinou que Cunha desse continuidade ao processo de abertura de impeachment do vice.

A princípio, o peemedebista disse que não iria acatar a decisão e que iria recorrer. Ao que tudo indica, ele mudou de ideia. Até o momento, o presidente da Câmara não foi encontrado pela reportagem.

Entenda o caso

Em dezembro do ano passado, o advogado mineiro Mariel Márley Marra protocolou o pedido na Câmara dos Deputados, sob a justificativa de que Temer cometeu crime de responsabilidade ao assinar decretos que autorizam a abertura de crédito suplementar sem a autorização do Congresso. O pedido, no entanto, foi arquivado pelo presidente da Casa.

A prática é um dos argumentos do requerimento contra Dilma Rousseff, que tramita na Comissão Especial de Impeachment na Câmara.

Marra recorreu ao STF alegando que Cunha não poderia ter julgado sozinho a abertura do processo e que deveria abrir uma comissão para decidir sobre a abertura do processo contra Temer.

Marco Aurélio Mello concordou com esse argumento e determinou a formação de uma comissão especial, nos moldes da que analisa o processo de deposição da petista, para avaliar a denúncia contra o peemedebista.

Em sua decisão, o magistrado pondera que a determinação não emite "qualquer compreensão quanto à conduta do vice-presidente da República, revelada na edição dos decretos". O problema, segundo ele, é que Cunha não respeitou formalidades legais para o prosseguimento do impeachment.

"O presidente da Câmara dos Deputados, após proclamar o atendimento dos requisitos formais da denúncia, a apreciou quanto ao mérito - a procedência ou improcedência -, queimando etapas que, em última análise, consubstanciam questões de essencialidade maior", afirmou.

Nesta terça, Temer anunciou que irá se licenciar da presidência do PMDB - cargo que ocupa há 15 anos - para que o senador Romero Jucá, que o substitui, "tenha condições de defender o partido dos ataques que vêm sofrendo nos últimos dias". Isso acontece uma semana depois que a sigla anunciou o fim da aliança com o governo.

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