Cunha ironizou quando questionado sobre a aposta do governo em sua saída (Antonio Cruz/ Agência Brasil)
Karla Mamona
Publicado em 25 de julho de 2015 às 09h04.
São Paulo - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que não se afastará do comando da Casa caso seja denunciado por envolvimento na Lava Jato. As informações são da Folha de S. Paulo deste sábado.
Cunha disse ao jornal que se a eventual denúncia ocorrer, ela terá de ser apreciada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal. “Não cogito qualquer afastamento", completou.
Na semana passada, Júlio Camargo, consultor da Toyo Setal e delator, disse ao juiz federal Sergio Moro que Cunha pediu propina de 5 milhões de dólares em um contrato de sonda da Petrobras. O presidente da Câmara nega a acusação.
O caso precisa ser analisado pelos 11 ministros da Corte, já que ele ocupa a presidência da Câmara.
Ao jornal, Cunha ainda ironizou quando questionado sobre a aposta do governo em sua saída.
"Se o Planalto tivesse força para fazer alguém, o presidente teria sido Arlindo Chinaglia e não eu." Chinaglia (PT-SP) era o candidato patrocinado pelo governo e foi derrotado por Cunha na disputa pelo comando da Câmara.