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Entre Lula e Dilma, procurador escolheu Gleisi, diz Cunha

Para o presidente da Câmara, o procurador Rodrigo Janot precisa explicar por que escolheu quem deveria ser investigado na Operação Lava Jato


	Eduardo Cunha durante CPI da Petrobras: "ele não adotou o mesmo critério para todos", declarou sobre Janot
 (Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados)

Eduardo Cunha durante CPI da Petrobras: "ele não adotou o mesmo critério para todos", declarou sobre Janot (Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2015 às 13h10.

Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) negou que tenha feito acusações contra o senador Delcídio Amaral (PT-SP), que teve seu processo na Operação Lava Jato arquivado pela Procuradoria-Geral da República.

Citando a abertura de inquérito contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), Cunha disse que a delação premiada também mencionava os nomes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da presidente Dilma Rousseff e do ex-ministro Antonio Palocci, mas só Gleisi foi "escolhida".

"Mostrei a incoerência do procurador que escolheu a quem investigar. Ele não adotou o mesmo critério para todos", declarou.

Para ele, o procurador Rodrigo Janot precisa explicar por que escolheu quem deveria ser investigado na Operação Lava Jato.

Cunha considerou que a mudança na regra de licitações permitindo cartas convites às empresas favoreceu a formação de cartel.

"Foi um fator motivador. Isso se mostrou a porta aberta para que se permitisse instalar uma lista de privilegiados na execução de obras da Petrobras", afirmou o peemedebista em resposta ao líder do PSD, Rogério Rosso (DF).

Questionado sobre o que faria se fosse presidente da Petrobras, Cunha respondeu que teria feito o que já está em curso: a troca de toda a diretoria da estatal.

"A Petrobras precisa recuperar sua credibilidade", concluiu.

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