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Cunha diz que fica; Dilma: foi tarde…

A repercussão  A decisão do Supremo Tribunal Federal de afastar Eduardo Cunha deve gerar grande repercussão no mundo político. Embora os ministros tenham tentado deixar claro o caráter “único e personalizado” da decisão tomada nesta quinta-feira, aliados de Cunha criticaram o movimento. Seis partidos subscreveram um manifesto que afirmou que a decisão viola o mandato […]

EDUARDO CUNHA: Presidente afastado da Câmara conseguiu protelar a leitura do relatório por sete meses. Próximo passo será a votação do parecer pelo colegiado / Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2016 às 06h58.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h11.

A repercussão

A decisão do Supremo Tribunal Federal de afastar Eduardo Cunha deve gerar grande repercussão no mundo político. Embora os ministros tenham tentado deixar claro o caráter “único e personalizado” da decisão tomada nesta quinta-feira, aliados de Cunha criticaram o movimento. Seis partidos subscreveram um manifesto que afirmou que a decisão viola o mandato do parlamentar. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse que a decisão de afastar Cunha da presidência da Câmara foi correta, mas que o STF não pode afastá-lo do cargo de deputado. Essa decisão caberia somente a outros deputados. O processo de cassação de Eduardo Cunha está no Conselho de Ética da Câmara desde outubro de 2015.

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Cunha fala

Após a decisão do Supremo Tribunal Federal de afastá-lo do cargo de presidente da Câmara e do mandato de deputado, Eduardo Cunha concedeu uma entrevista coletiva às 19h. Ele disse que não renuncia. Disse ainda estranhar o fato de a decisão liminar do ministro Teori Zavascki ter sido tomada cinco meses após sua proposição. Cunha também criticou o fato de os próprios ministros admitirem que este tipo de decisão não está prevista na constituição e citou o fato de o senador Delcídio do Amaral (Sem partido – MS) não ter tido seu mandato suspenso mesmo depois de ter sido preso.

“Antes tarde do que nunca”

Em uma coletiva no começo da tarde desta quinta, durante a inauguração da Usina de Belo Monte, a presidente Dilma Rousseff comemorou o afastamento de Cunha. “Antes tarde do que nunca”, disse. Ela também criticou o processo de impeachment, dizendo que ele foi coordenado por Cunha como uma “chantagem” após o prosseguimento do processo contra ele no Conselho de Ética da Câmara. Apesar da cerimônia de hoje, a usina não deve entrar em operação antes de 2019 – mais um caso de “antes tarde do que nunca”.

Fitch rebaixa o Brasil

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou nesta quinta-feira o rating do Brasil de BB+ para BB. Com a decisão, a nota se iguala à dada pelas outras duas grandes agências de classificação de risco – dois degraus abaixo do grau de investimento. Em nota a Fitch afirma que a redução reflete a contração econômica profunda, o fracasso do governo em estabilizar as finanças públicas e as incertezas políticas. A agência também manteve a perspectiva negativa, indicando que novos rebaixamentos podem ser feitos.

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Bolsa de olho no Copom

Depois de abrir em alta, o Ibovespa fechou o dia com queda de 1,6% nesta quinta-feira. A bolsa perdeu força diante da fraqueza das bolsas nos Estados Unidos. As negociações também foram influenciadas pela ata do Comitê de Política Monetária divulgada hoje, na qual o Banco Central diz não haver espaço para a queda da taxa de juro atual.

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Gol: o jogo virou?

As ações da companhia aérea Gol caíram 16,9% nesta quinta-feira, depois de disparar 28% na véspera. Segundo a agência de notícias Bloomberg, um grupo de credores internacionais da Gol não aceitou a proposta de renegociação de dívida apresentada pela companhia na terça-feira. As agências de classificação de risco também não receberam bem a proposta. Moody’s, Fitch e Standard & Poor’s rebaixaram o rating da empresa. Além disso, hoje a Gol anunciou que a oferta doméstica de voos diminuiu 4% no primeiro trimestre, enquanto a demanda por voos encolheu 5,9% no período. A taxa de ocupação dos voos ficou em 77,3%, ante a taxa de 78,7% no mesmo período do ano passado.

Samarco na mira

O Ministério Público de Minas Gerais apresentou na tarde desta quinta-feira uma denúncia contra 14 funcionários da Samarco pelo acidente nas barragens de Mariana, em novembro do ano passado. Entre eles, está o ex-presidente da empresa, Ricardo Vescovi. As acusações são associação criminosa e de omissão para prevenir desastres ambientais. O MP-MG também denunciou a mineradora por dificultar a atuação de órgão do meio ambiente. O acidente fez 20 vítimas, uma continua desaparecida.

Carros: pior volume em 12 anos

As montadoras instaladas no Brasil produziram 169.813 veículos em abril, considerando automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Foi o menor volume para o mês desde 2004, representando queda de 22,9% em relação a abril de 2015 e retração de 13,6% em comparação com março. Já a venda de veículos novos no Brasil alcançou 162.939 unidades em abril, um recuo de 25,7% em comparação com igual mês do ano passado e de 9,1% sobre o resultado de março.

Trump passa o pires

Depois de chamar seus rivais de campanha de marionetes dos interesses de doadores, o empresário Donald Trump admitiu nesta quinta-feira que não é rico o suficiente para sustentar a própria campanha. Trump afirmou ao Wall Street Journal que ainda financiará parte dos custos, mas não sozinho, frente ao enorme caixa da concorrente Hillary Clinton. O custo médio de campanha nos Estados Unidos é de 1 bilhão de dólares. Até o final de abril, Hillary havia angariado 213 milhões de dólares, enquanto Trump já havia gasto 47 milhões, sendo 36 do próprio bolso e 11 de pequenos doadores.

Eleições no Reino Unido

Londres pode ter eleito seu primeiro prefeito muçulmano nesta quinta-feira após o fechamento das urnas às 18 horas de Brasília. O candidato trabalhista Sadiq Khan liderava as últimas pesquisas com uma vantagem de 12% dos votos em relação ao conservador Zac Goldsmith. Os votos de cerca de 5,6 milhões de londrinos serão contados nos próximos dias para definir quem será o substituto de Boris Johnson. Eleições definem prefeitos em todo o Reino Unido, incluindo Escócia, País de Gales, Irlanda e Inglaterra.

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