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Cunha deve entregar delação na próxima semana, diz jornal

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o ex-deputado teria rascunhado mais de cem anexos para a colaboração

 (Igo Estrela/ Getty Images/Getty Images)

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Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 6 de julho de 2017 às 09h36.

Última atualização em 6 de julho de 2017 às 10h02.

São Paulo – O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já estaria finalizando os textos com as informações para o seu acordo de delação premiada que deve fechar com a Operação Lava Jato.

De acordo com a coluna Mônica Bergamo, publicada nesta quinta-feira (6) pelo jornal Folha de S. Paulo, o ex-deputado deve implicar diretamente o presidente Michel Temer (PMDB), os ministros Moreira Franco (Secretaria Geral), Eliseu Padilha (Casa Civil) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Segundo a publicação, Cunha teria rascunhado mais de cem anexos para a colaboração. A expectativa é que ele entregue os documentos já na próxima semana.

O que pesa contra Cunha

O ex-presidente da Câmara está preso em Curitiba desde 19 de outubro de 2016 no âmbito da Lava Jato.

Em março deste ano, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, condenou Cunha a 15 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem e evasão de divisas no caso que envolve a compra do campo petrolífero de Benin, na África, pela Petrobras, em 2011.

O peemedebista foi considerado culpado por ter recebido 1,5 milhão de dólares em propina obtidos no processo de compra do campo, no valor de 34,5 milhões de dólares. Segundo Moro, o negócio fraudulento teria gerado um prejuízo de 77,5 milhões de dólares para a Petrobras.

 

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