A crise nas ruas

A crise penitenciária do Rio Grande do Norte chegou às ruas ontem, levando pânico à população. Pelo menos 14 ônibus foram incendiado em retaliação à transferência de detentos. Pelo menos 220 presos da facção Sindicato do Crime foram retirados do complexo de Alcaçuz. Segundo o jornal O Globo, a transferência foi negociada com a facção paulista PCC. Na noite de ontem, a juíza corregedora da Penitenciária de Alcaçuz proibiu a entrada de novos presos no presídio. Pelo menos 116 detentos que iriam para Alcaçuz foram deslocados para a cadeia pública de Natal.

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Verba para Doria

O Lide, empresa fundada pelo prefeito paulistano João Doria (PSDB), está pedindo recursos para uma palestra do próprio Doria, revela o jornal Folha de S. Paulo. O jornal teve acesso a um email que o Lide enviou a empresários pedindo 50.000 reais para ter direito a sentar à mesa com Doria. O tema da palestra, agendada para 6 de março, é “O impacto de uma gestão eficiente na cidade de São Paulo”. O Lide nega conflito de interesse com o argumento de que Doria já não tem mais ações da empresa. A prefeitura afirmou que não há restrição para que o tucano faça palestras em eventos promovidos por empresas.

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Governo cria força-tarefa

O ministro da Justiça, Alexandre Moraes, anunciou nesta quarta-feira a criação do Grupo Nacional de Intervenção Penitenciária, uma espécie de Força Nacional constituída por agentes penitenciários cedidos pelos estados. Serão cerca de 100 agentes que vão atuar em situações pontuais. Moraes também disse que o ministério vai lançar um curso de capacitação para os agentes por meio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Durante a manhã, em entrevista coletiva, o presidente Michel Temer classificou a crise penitenciária de “drama infernal”. Ele já havia usado as expressões “acidente pavoroso”, “algo extremamente chocante” e “matança pavorosa” para classificar os episódios. Durante a tarde, reuniu-se com governadores do Norte e dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para discutir a situação penitenciária.

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Andrade fecha acordo

A Andrade Gutierrez (AG) fechou mais um acordo de leniência, dessa vez com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). É o quarto acordo que a AG fecha e, dessa vez, deve colaborar na investigação de cartel em obras de Angra 3 e da Petrobras. A empreiteira já colaborou na descoberta de irregularidades em obras de Belo Monte, Maracanã e diversas do PAC no Rio de Janeiro. As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Outra empreiteira, a UTC, também assinou acordo de leniência com o CADE sobre as mesmas obras e pagará uma multa de 139 milhões de reais.

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Incêndio na Petrobras

Um incêndio de grandes proporções atingiu na tarde desta quarta-feira a Refinaria de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, da Petrobras. Segundo a estatal, o incêndio começou por volta das 13h40 devido ao vazamento de combustível. O incêndio foi controlado e não deixou feridos.  Falando em Petrobras, a estatal fez uma proposta aos sindicatos para reajustar em 8,57% o salário dos funcionários, retroativo a setembro de 2016. A proposta tem como contrapartida a aceitação da implementação da redução facultativa da jornada de trabalho.

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Ano difícil para as siderúrgicas

As três maiores siderúrgicas brasileiras, CSN, Gerdau e Usiminas, continuarão enfrentando dificuldades em 2017 devido ao baixo nível de confiança, aos gargalos na produção industrial e às fracas expectativas de crescimento econômico. A avaliação é da agência de classificação de risco Moody’s, que afirmou que essas empresas “enfrentam um período prolongado de métricas de crédito fracas, sem sinais visíveis de recuperação em 2017”. Das três companhias citadas, a Moody’s acredita que a Gerdau tem a posição mais confortável em relação à estrutura da dívida e à liquidez.

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O novo ritmo do BC

Para quem ainda tinha dúvidas, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, confirmou que entrou em um novo ritmo de corte de juros. Goldfajn ressaltou que a redução de 0,75 ponto percentual adotada na reunião de janeiro é o novo padrão. “A decisão de intensificar foi baseada nas evidências dos últimos meses que basicamente nos apontaram que poderíamos bancar não apenas 0,50 ponto percentual, mas 0,75”, disse Goldfajn durante coletiva de imprensa em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial.

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Sem preocupações com o dólar

Durante a coletiva, o presidente também disse que o BC não está preocupado com o dólar forte. Ele atribuiu a alta da moeda às elevações dos juros nos Estados Unidos e às perspectivas de maior crescimento global e de recuperação das commodities. Sobre a interferência do BC no câmbio, Goldfajn disse que o BC tem reservas de 20% do PIB “e usamos para prover liquidez em momentos de estresse. Esse continuará sendo o caso”, afirmou. O dólar subiu 0,37% nesta quarta-feira e fechou o dia a 3,22 reais.

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O adeus de Obama

Na última coletiva de imprensa de seu governo, o presidente americano, Barack Obama, saudou a liberdade de imprensa e lembrou o papel que os jornais têm na vigilância dos governantes. No cenário internacional, Obama relembrou a relação com a Rússia e também o conflito entre Israel e Palestina. O presidente lembrou que é necessário lutar por direitos de países independentes, como a Ucrânia, e reduzir a escalada de poder russo, como os Estados Unidos têm feito com sanções econômicas. Ele também afirmou que desde o primeiro ano de seu mandato tentou aproximar e resolver o conflito palestino, mas que não pode forçar uma paz entre palestinos e israelenses.

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Diversidade

O legado de ter sido o primeiro presidente negro dos Estados Unidos marcou a coletiva. Obama disse que a diversidade e o respeito pelo diferente é uma grande característica do país, que ele tem em alta conta as lutas por direitos das minorias e que espera ser sucedido por mulheres, latinos, indianos, orientais, judeus e outras minorias. Questionado sobre a abstenção democrata da inauguração do presidente eleito Donald Trump, se limitou a dizer que ele e a primeira-dama Michelle Obama estarão lá. O presidente afirmou que, por enquanto, não pretende voltar à política — seus planos incluem passar um tempo com a família, escrever e “se manter em silêncio”. Como mensagem final, disse que espera que a população veja o futuro com resiliência e esperança, uma marca de seu governo.

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Sem prisão na Samsung

Um tribunal sul-coreano rejeitou um pedido de prisão preventiva do presidente da Samsung, Jay Y. Lee, após o executivo ser interrogado numa audiência a portas fechadas e, em seguida, passar algumas horas na cadeia nesta quarta-feira, enquanto aguardava a decisão do juiz. Ele e a Samsung são acusados de terem pago 36,4 milhões de dólares a fundações de uma amiga próxima da presidente sul-coreana, Park Geun-hye, em troca de permissão estatal para uma fusão de duas de suas companhias afiliadas. A possível influência da amiga de Park no governo levou a um processo de impeachment da presidente.