Repórter
Publicado em 7 de dezembro de 2025 às 14h30.
Última atualização em 7 de dezembro de 2025 às 15h05.
Criminosos armados invadiram a Biblioteca Mário de Andrade, no centro de São Paulo, na manhã deste domingo, 7, renderam seguranças e levaram oito gravuras de Henri Matisse e cinco gravuras de Candido Portinari, da obra "Menino de Engenho". Segundo nota da Polícia Militar, ninguém ficou ferido durante a ação, ocorrida no edifício histórico localizado na Rua da Consolação, 94.
Equipes da PM que estavam próximas ao local prestaram auxílio aos funcionários e iniciaram buscas na região, mas nenhum suspeito havia sido localizado até as 13h.
Em nota, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa informou que as obras expostas contam com apólice de seguro vigente, e que o local dispõe de equipe de vigilância e sistema de câmeras de segurança. Todo o material que possa servir à investigação está sendo fornecido para as autoridades policiais.
Imagem divulgada pela Polícia Militar: Espaço onde as obras roubadas estavam expostas na Biblioteca Mário de Andrade, no Centro de SP (Reprodução)
Inaugurada em 1926 como Biblioteca Municipal de São Paulo, a Mário de Andrade é considerada a segunda maior do país, atrás apenas da Biblioteca Nacional, no Rio. O espaço ganhou o nome atual em 1960, homenagem ao escritor modernista que, em 1935, criou o Departamento Municipal de Cultura.
O prédio, construído e inaugurado sob a gestão do prefeito Prestes Maia, é um dos marcos do estilo Art Déco na capital e foi tombado pelo município em 1992. A instituição guarda um acervo de 327 mil livros, dos quais 51 mil são classificados como raros, segundo dados oficiais. Após ampla reforma iniciada em 2007, a biblioteca foi reaberta ao público em 2011.
A Mário de Andrade funciona como centro de referência literária e cultural na cidade, reunindo coleções dedicadas à memória brasileira e documentos de valor histórico.