Criminalidade tem crescido em municípios do interior
Segundo o Mapa da Violência, se os índices de homicídio continuarem aumentando, em menos de uma década, as taxas do interior deverão ultrapassar as das capitais
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2011 às 12h01.
Brasília – A criminalidade continua crescendo no interior do Brasil. A pesquisa Mapa da Violência 2012, divulgada hoje (13) pelo Instituto Sangari, aponta que os polos da violência têm se deslocado das capitais para o interior dos estados. De acordo com o estudo, se os índices de homicídio continuarem aumentando, em menos de uma década, as taxas do interior deverão ultrapassar as das capitais e regiões metropolitanas.
Até o ano 2000, os municípios que registraram maior crescimento nos índices eram os que superavam os 100 mil habitantes, principalmente aqueles com mais de 500 mil habitantes. Na última década, o crescimento dos homicídios centrou-se nos municípios de menor tamanho, principalmente na faixa de 20 a 50 mil habitantes.
Em 1995, as capitais e regiões metropolitanas tinham uma taxa de 40,1 homicídios em 100 mil quando no interior era de 11,7 – quase quatro vezes menor. Em 2010, o índice das capitais e regiões metropolitanas caiu para 33,6 e o do interior aumentou para 22,1.
Em 15 municípios, os índices ultrapassam a casa dos 100 homicídios em cada 100 mil habitantes – uma taxa praticamente quatro vezes maior que a já elevada média nacional de 26,2 homicídios em 100 mil habitantes. Segundo o estudo, as cidades de Simões Filho (BA), Campina Grande (PB), Marabá (PA), Guaíra (PR) e Porto Seguro (BA) ocupam as primeiras posições do ranking.
O aumento da violência no interior, segundo o estudo, é resultado da estagnação econômica nas grandes capitais e regiões metropolitanas, dos investimentos na segurança e a consequente melhoria da eficiência repressiva nos grandes centros e o surgimento de novos polos de crescimento no interior de diversos estados.
O relatório também destaca que 2.232 dos 5.565 municípios existentes no país em 2010 não registraram homicídio. Entre 2008 e 2010, não houve ocorrência de homicídios em 1.098 municípios, isto é, 19,7% do total.
De acordo com o estudo, a interiorização da violência demonstra a falta de políticas específicas para combater a criminalidade em municípios de médio e pequeno porte. “Consideramos que, para enfrentar as novas modalidades da violência homicida no país, são necessárias políticas públicas em condições de dar conta das recentes reformulações e deslocamentos.”
Brasília – A criminalidade continua crescendo no interior do Brasil. A pesquisa Mapa da Violência 2012, divulgada hoje (13) pelo Instituto Sangari, aponta que os polos da violência têm se deslocado das capitais para o interior dos estados. De acordo com o estudo, se os índices de homicídio continuarem aumentando, em menos de uma década, as taxas do interior deverão ultrapassar as das capitais e regiões metropolitanas.
Até o ano 2000, os municípios que registraram maior crescimento nos índices eram os que superavam os 100 mil habitantes, principalmente aqueles com mais de 500 mil habitantes. Na última década, o crescimento dos homicídios centrou-se nos municípios de menor tamanho, principalmente na faixa de 20 a 50 mil habitantes.
Em 1995, as capitais e regiões metropolitanas tinham uma taxa de 40,1 homicídios em 100 mil quando no interior era de 11,7 – quase quatro vezes menor. Em 2010, o índice das capitais e regiões metropolitanas caiu para 33,6 e o do interior aumentou para 22,1.
Em 15 municípios, os índices ultrapassam a casa dos 100 homicídios em cada 100 mil habitantes – uma taxa praticamente quatro vezes maior que a já elevada média nacional de 26,2 homicídios em 100 mil habitantes. Segundo o estudo, as cidades de Simões Filho (BA), Campina Grande (PB), Marabá (PA), Guaíra (PR) e Porto Seguro (BA) ocupam as primeiras posições do ranking.
O aumento da violência no interior, segundo o estudo, é resultado da estagnação econômica nas grandes capitais e regiões metropolitanas, dos investimentos na segurança e a consequente melhoria da eficiência repressiva nos grandes centros e o surgimento de novos polos de crescimento no interior de diversos estados.
O relatório também destaca que 2.232 dos 5.565 municípios existentes no país em 2010 não registraram homicídio. Entre 2008 e 2010, não houve ocorrência de homicídios em 1.098 municípios, isto é, 19,7% do total.
De acordo com o estudo, a interiorização da violência demonstra a falta de políticas específicas para combater a criminalidade em municípios de médio e pequeno porte. “Consideramos que, para enfrentar as novas modalidades da violência homicida no país, são necessárias políticas públicas em condições de dar conta das recentes reformulações e deslocamentos.”