Mesa da CPMI do Cachoeira (E/D): ele é citado em mais de 500 ligações com Carlinhos Cachoeira em meio às investigação da Operação Monte Carlos (Geraldo Magela/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2012 às 13h44.
Brasília - O ex-presidente do Departamento de Trânsito (Detran) de Goiás Edivaldo Cardoso de Paula permaneceu em silêncio hoje (15) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira. Acusado de fazer parte da organização criminosa chefiada por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, Edivaldo de Paula compareceu ao colegiado com habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal.
No início do depoimento, o vice-presidente da CPMI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que preside a sessão, perguntou a Edivaldo de Paula se pretendia usar o tempo de 20 minutos para se defender das acusações. Acompanhado de um advogado, ele disse que usaria o direito constitucional de permanecer em silêncio.
“Peço que não seja interpretada essa minha decisão como desrespeito ao Legislativo”, ponderou o ex-presidente do Detran de Goiás. Depois de se negar a responder aos questionamentos, Edivaldo de Paula foi dispensado.
Ele é citado em mais de 500 ligações com Carlinhos Cachoeira em meio às investigação da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF). Ainda de acordo com a PF, ele seria um homem de confiança do contraventor
dentro do governo de Goiás.
Em depoimento à CPI, o delegado da PF Matheu Mella Rodrigues destacou a influência do grupo de Cachoeira em órgãos como o Detran, a Agência de Transportes e Obras Públicas (Agetop) e secretarias do estado de
Goiás.