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CPMI do 8 de janeiro ouve coronel que comandava a PM do DF no dia dos ataques

O depoimento do militar atende a sete requerimentos de convocação. Três pedidos são assinados pelos senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos do Val (Podemos-ES) e Izalci Lucas (PSDB-DF)

Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos de 8 de Janeiro de 2023 (CPMI - 8 de Janeiro) realiza reunião para ouvir o sargento do Exército que integrava a equipe da Ajudância de Ordens do ex-presidente da República. Mesa: advogado do depoente, Ronaldo Braga; senador Marcos Rogério (PL-RO); sargento do Exército, Luis Marcos dos Reis; presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA); relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado (Waldemir Barreto/Agência Senado/Flickr)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 29 de agosto de 2023 às 06h02.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito ( CPMI) do 8 de Janeiro ouve nesta terça-feira, 29, o coronel Fábio Augusto Vieira, comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), no dia dos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília. A sessão está prevista para começar às 9h. O depoimento do militar atende a sete requerimentos de convocação. Três pedidos são assinados pelos senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos do Val (Podemos-ES) e Izalci Lucas (PSDB-DF).

Os senadores querem entender como, apesar de ter acesso diário aos relatórios de inteligência da PM, o comandante não agiu para impedir os ataques às sedes do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e da Presidência da República. O ex-chefe da PM também deve ser questionado sobre os pedidos de reforços que não foram atendidos.

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Prisão da cúpula da PM do DF

O coronel Fábio Augusto Vieira e outros seis oficiais, incluindo o atual comandante da Polícia Militar do DF, foram presos preventivamente em 18 de agosto por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao justificar as prisões, Moraes afirmou que os militares omitiram dolosamente ou propositalmente informações sobre o risco de invasão aos prédios públicos. Com isso, não agiram para evitar os ataques.

Em nota, a Procuradoria-Geral da República afirmou que a cúpula da PMDF foi omissa e deixou de agir para impedir os ataques. "Os denunciados conheciam previamente os riscos e aderiram de forma dolosa ao resultado criminoso previsível, omitindo-se no cumprimento do dever funcional de agir", disse. Fábio Augusto já havia sido preso em janeiro, dias após as invasões.

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