Brasil

CPMI chama Agnelo e Perillo para depor e poupa Cabral

Perillo foi convocado com votação unânime. Ontem (29), ele já havia informado à CPMI que gostaria de prestar depoimento

Perillo e Agnelo terão que prestar esclarecimentos sobre a ligação com o empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido com Carlinhos Cachoeira, ou com a Delta Construção (Arquivo/AGÊNCIA BRASIL)

Perillo e Agnelo terão que prestar esclarecimentos sobre a ligação com o empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido com Carlinhos Cachoeira, ou com a Delta Construção (Arquivo/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 19h41.

Brasília – Em uma reunião tumultuada, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira decidiu convocar hoje (30) dois governadores para prestar depoimento. Foram convocados os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). A convocação do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), foi rejeitada pelo plenário da CPMI.

Perillo foi convocado com votação unânime. Ontem (29), ele já havia informado à CPMI que gostaria de prestar depoimento. Já a convocação de Agnelo foi aprovada por 16 votos favoráveis e 12 votos contrários. Em relação ao pedido de convocação de Cabral, 17 parlamentares foram contra e 11 a favor do seu comparecimento à CPMI.

Perillo e Agnelo terão que prestar esclarecimentos sobre a ligação com o empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido com Carlinhos Cachoeira, ou com a Delta Construção, empresa suspeita de fazer parte de esquema criminoso investigado pela Polícia Federal, de favorecimento em contas com o governo.

Durante a votação, o debate ficou entre os aliados do governador Perillo, que defendiam a votação em bloco, ou seja, tratando de forma igual os três governadores, e os parlamentares do campo governista, que alegaram que o grau de envolvimento de Perillo com o suposto esquema criminoso é bem maior que o envolvimento de Agnelo e Cabral. Com isso, os líderes governistas exigiram a votação em separado dos nomes dos três governadores.

"A comissão abre portas para a condenação, mas também pode abrir portas para as justificativas. Não podemos tratar coisas iguais como coisas diferentes", disse Álvaro Dias (PR), líder do PSDB no Senado.

"Não podemos tratar o diferente como igual. Quem faz isso aqui na CPMI está na tentativa de partidarizar o debate", considerou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Acompanhe tudo sobre:Carlinhos CachoeiraCorrupçãoEscândalosFraudesOposição políticaPartidos políticosPolícia FederalPolítica no BrasilPolíticosPSDBPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Governadores do Sudeste e Sul pedem revogação de decreto de Lula que regula uso de força policial

Pacote fiscal: Lula sanciona mudanças no BPC com dois vetos

Governo de SP realiza revisão do gasto tributário com impacto de R$ 10,3 bilhões

Bandeira tarifária de janeiro se mantém verde, sem cobrança extra