CPI prepara convocação de Cavendish
Com a convocação, a cúpula da CPI espera responder às críticas de que a comissão não investiga as relações da empresa com o esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2012 às 09h05.
Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira deve aprovar, na semana que vem, requerimento de convocação do empresário Fernando Cavendish, principal acionista da Delta Construções. Com a convocação, a cúpula da CPI espera responder às críticas de que a comissão não investiga as relações da empresa com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Declarada inidônea pela Controladoria-Geral da União, a Delta é a principal empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. A ideia é que o depoimento de Cavendish ocorra antes do início do recesso parlamentar, que começa no dia 18 de julho. Se aprovada a convocação na sessão administrativa da próxima quinta-feira, dia 5, a ida do empresário deverá ocorrer na semana seguinte, provavelmente entre os dias 10 e 12 de julho. "Estou tratando desse tema (convocação Cavendish) e vamos enfrentá-lo na próxima reunião administrativa", afirmou o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG).
Os partidos aliados do governo na CPI não devem, no entanto, permitir a aprovação da convocação do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot. Os governistas alegam que Pagot não tem ligação com o esquema de Cachoeira e, por isso, não há motivos para sua ida à CPI. Há duas semanas, os governistas impediram a convocação tanto de Cavendish quanto de Pagot. Na ocasião, o adiamento da convocação de Cavendish foi aprovado por margem apertada de votos: 16 a 13. A de Pagot foi por 17 a 13.
Com a provável aprovação da convocação do empresário, os integrantes da CPI esperam dar uma injeção de ânimo nos trabalhos da comissão. Esta semana foi considerada perdida pela CPI, pois a maior parte dos depoentes optou por ficar calada. E, os que falaram, pouco acrescentaram às investigações.
Ao longo da semana, a CPI serviu mais uma vez para palco de disputa política entre PT e PSDB. Os tucanos acusam o relator Odair Cunha de ser "parcial", ao afirmar que há provas de que integrantes do governo do tucano Marconi Perillo (Goiás) integravam o esquema criminoso de Cachoeira. Já os petistas alegam que o PSDB quer tapar o sol com a peneira ao não aceitar o envolvimento do governo tucano com o contraventor.
"Perseguição"
Ontem, Perillo engrossou o coro dos descontentes com a condução dos trabalhos da CPI por Odair Cunha: o governador se disse vítima de "perseguição política" por parte do relator. Marconi afirmou que Cunha "não pode ser cabo de chicote de ninguém" e tem de agir "como relator isento".
Irritado, Cunha reagiu: "Não vou me intimidar com qualquer tipo de declaração, de qualquer pessoa". E afirmou que "continuará investigando a organização criminosa".
"Infelizmente, esta organização criminosa está no governo de Goiás. Espero do governador que ele colabore com a investigação, que as pessoas que são submetidas às ordens dele ou serviram ao seu governo venham aqui, colaborem conosco e que ele coloque as Polícias Civil e Militar do Estado dele para combater a contravenção. É o que eu espero dele", disse Cunha. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo
Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira deve aprovar, na semana que vem, requerimento de convocação do empresário Fernando Cavendish, principal acionista da Delta Construções. Com a convocação, a cúpula da CPI espera responder às críticas de que a comissão não investiga as relações da empresa com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Declarada inidônea pela Controladoria-Geral da União, a Delta é a principal empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. A ideia é que o depoimento de Cavendish ocorra antes do início do recesso parlamentar, que começa no dia 18 de julho. Se aprovada a convocação na sessão administrativa da próxima quinta-feira, dia 5, a ida do empresário deverá ocorrer na semana seguinte, provavelmente entre os dias 10 e 12 de julho. "Estou tratando desse tema (convocação Cavendish) e vamos enfrentá-lo na próxima reunião administrativa", afirmou o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG).
Os partidos aliados do governo na CPI não devem, no entanto, permitir a aprovação da convocação do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot. Os governistas alegam que Pagot não tem ligação com o esquema de Cachoeira e, por isso, não há motivos para sua ida à CPI. Há duas semanas, os governistas impediram a convocação tanto de Cavendish quanto de Pagot. Na ocasião, o adiamento da convocação de Cavendish foi aprovado por margem apertada de votos: 16 a 13. A de Pagot foi por 17 a 13.
Com a provável aprovação da convocação do empresário, os integrantes da CPI esperam dar uma injeção de ânimo nos trabalhos da comissão. Esta semana foi considerada perdida pela CPI, pois a maior parte dos depoentes optou por ficar calada. E, os que falaram, pouco acrescentaram às investigações.
Ao longo da semana, a CPI serviu mais uma vez para palco de disputa política entre PT e PSDB. Os tucanos acusam o relator Odair Cunha de ser "parcial", ao afirmar que há provas de que integrantes do governo do tucano Marconi Perillo (Goiás) integravam o esquema criminoso de Cachoeira. Já os petistas alegam que o PSDB quer tapar o sol com a peneira ao não aceitar o envolvimento do governo tucano com o contraventor.
"Perseguição"
Ontem, Perillo engrossou o coro dos descontentes com a condução dos trabalhos da CPI por Odair Cunha: o governador se disse vítima de "perseguição política" por parte do relator. Marconi afirmou que Cunha "não pode ser cabo de chicote de ninguém" e tem de agir "como relator isento".
Irritado, Cunha reagiu: "Não vou me intimidar com qualquer tipo de declaração, de qualquer pessoa". E afirmou que "continuará investigando a organização criminosa".
"Infelizmente, esta organização criminosa está no governo de Goiás. Espero do governador que ele colabore com a investigação, que as pessoas que são submetidas às ordens dele ou serviram ao seu governo venham aqui, colaborem conosco e que ele coloque as Polícias Civil e Militar do Estado dele para combater a contravenção. É o que eu espero dele", disse Cunha. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo