CPI não pode ser tratada como duelo, diz Arlindo Chinaglia
A CPI tem sido defendida por partidos de oposição e a adesão do PMDB seria decisiva para abertura da investigação
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 19h06.
Rio - Candidato à Presidência da Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) se opôs à abertura de uma nova CPI para investigar o esquema de corrupção na Petrobras , defendida por seu principal adversário, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"CPI não pode ser tratada como duelo. Propor CPI não tira nem dá credibilidade", disse o petista em entrevista, durante almoço em que recebeu apoio de parlamentares do Rio.
A CPI tem sido defendida por partidos de oposição e a adesão do PMDB seria decisiva para abertura da investigação.
Apesar da divergência sobre a CPI, Chinaglia disse que a eleição na Câmara não será o terceiro turno da disputa presidencial, quando PT e PSDB entraram em guerra.
Prova disso, afirmou, será o encontro do petista com o governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, marcado para a próxima segunda-feira.
"Entre mim e Alckmin não há nenhuma beligerância", afirmou.
Embora o PSDB, o DEM e o PPS tenham declarado apoio à candidatura do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) para o comando da Câmara, Chinaglia quer os votos da oposição no segundo turno com Cunha, que considera inevitável.
"Não podemos agir como se tivéssemos um longo passado pela frente. Não vamos trazer para a Câmara o que foi a disputa presidencial", discursou.
Para o petista, Cunha foi mal sucedido ao tentar se apresentar como candidato de parte da situação e da oposição.
"Não colou a tese de que uma única candidatura representaria parte da base e toda a oposição. É uma eleição em aberto", disse.
Líder do PMDB, Cunha estava cauteloso em relação à criação de uma nova CPI da Petrobras, mas voltou a defender a investigação depois de ter seu nome envolvido no caso.
Em delação premiada, o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, citou o peemedebista como um dos beneficiários do esquema.
Cunha nega a acusação e sustenta que uma nova CPI poderá esclarecer as denúncias que levaram a seu nome.
Chinaglia evitou comentar as acusações contra o adversário. "Quem deve explicações é ele, não eu", respondeu.
Embora ressaltasse que não se referia à denúncia contra Cunha, Chinaglia lembrou que acusações feitas em delação premiada são diferentes de denúncias comuns de investigações.
"Se na delação premiada se cita uma pessoa ou um fato, não minimizo. Se o depoente de uma delação premiada não prova o que fala, não tem benefício, pega uma pena".
Sobre uma nova CPI, Chinaglia cobrou a existência de "fato determinado".
"Precisa saber até onde foi a investigação da Polícia Federal, do Ministério Público, o que o Poder Judiciário já encaminhou. Mas, se houver número regimental (para pedir a criação da CPI), ninguém pode segurar", disse.
Chinaglia afirmou que, se eleito presidente da Câmara, vai se "orientar pelas regras" no caso haver processo no Conselho de Ética contra deputados envolvidos no esquema da Petrobras.
Se os casos chegarem ao plenário, "o risco de cassação é enorme", afirmou. O almoço em torno do petista reuniu representantes do PT, PC do B, PR, Pros e PSD.
Rio - Candidato à Presidência da Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) se opôs à abertura de uma nova CPI para investigar o esquema de corrupção na Petrobras , defendida por seu principal adversário, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"CPI não pode ser tratada como duelo. Propor CPI não tira nem dá credibilidade", disse o petista em entrevista, durante almoço em que recebeu apoio de parlamentares do Rio.
A CPI tem sido defendida por partidos de oposição e a adesão do PMDB seria decisiva para abertura da investigação.
Apesar da divergência sobre a CPI, Chinaglia disse que a eleição na Câmara não será o terceiro turno da disputa presidencial, quando PT e PSDB entraram em guerra.
Prova disso, afirmou, será o encontro do petista com o governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, marcado para a próxima segunda-feira.
"Entre mim e Alckmin não há nenhuma beligerância", afirmou.
Embora o PSDB, o DEM e o PPS tenham declarado apoio à candidatura do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) para o comando da Câmara, Chinaglia quer os votos da oposição no segundo turno com Cunha, que considera inevitável.
"Não podemos agir como se tivéssemos um longo passado pela frente. Não vamos trazer para a Câmara o que foi a disputa presidencial", discursou.
Para o petista, Cunha foi mal sucedido ao tentar se apresentar como candidato de parte da situação e da oposição.
"Não colou a tese de que uma única candidatura representaria parte da base e toda a oposição. É uma eleição em aberto", disse.
Líder do PMDB, Cunha estava cauteloso em relação à criação de uma nova CPI da Petrobras, mas voltou a defender a investigação depois de ter seu nome envolvido no caso.
Em delação premiada, o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, citou o peemedebista como um dos beneficiários do esquema.
Cunha nega a acusação e sustenta que uma nova CPI poderá esclarecer as denúncias que levaram a seu nome.
Chinaglia evitou comentar as acusações contra o adversário. "Quem deve explicações é ele, não eu", respondeu.
Embora ressaltasse que não se referia à denúncia contra Cunha, Chinaglia lembrou que acusações feitas em delação premiada são diferentes de denúncias comuns de investigações.
"Se na delação premiada se cita uma pessoa ou um fato, não minimizo. Se o depoente de uma delação premiada não prova o que fala, não tem benefício, pega uma pena".
Sobre uma nova CPI, Chinaglia cobrou a existência de "fato determinado".
"Precisa saber até onde foi a investigação da Polícia Federal, do Ministério Público, o que o Poder Judiciário já encaminhou. Mas, se houver número regimental (para pedir a criação da CPI), ninguém pode segurar", disse.
Chinaglia afirmou que, se eleito presidente da Câmara, vai se "orientar pelas regras" no caso haver processo no Conselho de Ética contra deputados envolvidos no esquema da Petrobras.
Se os casos chegarem ao plenário, "o risco de cassação é enorme", afirmou. O almoço em torno do petista reuniu representantes do PT, PC do B, PR, Pros e PSD.