Brasil

CPI depende de decisão do STF para obter provas de Lava Jato

Ao receber pedido da comissão, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, decidiu hoje (2) que as provas não podem ser liberadas à comissão


	Teori Zavascki: determinação do ministro Zavascki suspendeu a investigação por Moro e a remeteu ao STF
 (José Cruz/ Agência Brasil)

Teori Zavascki: determinação do ministro Zavascki suspendeu a investigação por Moro e a remeteu ao STF (José Cruz/ Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 19h38.

Brasília - O compartilhamento das provas obtidas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras vai depender de decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ao receber pedido da comissão, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, decidiu hoje (2) que as provas não podem ser liberadas à comissão, porque toda a investigação foi remetida ao Supremo.

“Em princípio, a solicitação de compartilhamento afigura-se pertinente e oportuna. Entretanto, por força de decisão do eminente ministro Teori Zavascki, foram avocados por aquela Egrégia Corte todos os processos pertinentes. Assim, antes que haja eventual revisão daquela decisão, com a devolução dos processos, este juízo está impossibilitado de atender à solicitação”, decidiu o juiz.

O presidente da CPI da Petrobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), também pediu diretamente ao STF o compartilhamento das provas das oito ações penais resultantes das investigações.

Entre as ações, está a investigação de supostos desvios de recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

O processo envolve o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os desvios na construção da refinaria pernambucana ocorreram por meio de contratos superfaturados, feitos com empresas que prestaram serviços à Petrobras entre 2009 e 2014.

Segundo o MPF, a obra foi orçada em R$ 2,5 bilhões, mas custou mais de R$ 20 bilhões. De acordo com a investigação, os desvios tiveram a participação de Costa, então diretor de Abastecimento, e de Youssef, dono de empresas de fachada.

Na defesa prévia apresentada à Justiça Federal no Paraná, os advogados do ex-diretor informaram que os pagamentos recebidos das empresas do doleiro, identificados como repasses ou comissões, foram decorrentes de serviços de consultoria.

No entanto, de acordo com o juiz Sérgio Moro, a Polícia Federal e o Ministério Público não encontraram provas de que os serviços foram prestados.

Moro era responsável pela condução do processo, mas a investigação foi suspensa e remetida ao Supremo por determinação do ministro Zavascki.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasIndústria do petróleoIrregularidadesOperação Lava JatoPetrobrasPetróleoSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

SP ainda tem 36 mil casas sem energia neste domingo

Ponte que liga os estados de Tocantins e Maranhão desaba; veja vídeo

Como chegar em Gramado? Veja rotas alternativas após queda de avião

Vai viajar para São Paulo? Ao menos 18 praias estão impróprias para banho; veja lista