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Coutinho defende fórmula que fixa mínimo em R$ 545

"Essa regra permitiu ganhos reais aos trabalhadores nos últimos anos e é importante que seja preservada", disse o presidente do BNDES

Segundo Coutinho, indícios de concorrência desleal no comércio vêm aparecendo (Marcello Casal Jr/AGÊNCIA BRASIL)
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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2011 às 09h50.

São Paulo - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou hoje que é importante a preservação da regra que determinará o salário mínimo de R$ 545 em 2011. A norma leva em conta a inflação do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) registrada dois anos antes.

"Essa regra permitiu ganhos reais aos trabalhadores nos últimos anos e é importante que seja preservada, para que os ganhos continuem no futuro", destacou. Em palestra promovida pelo HSBC Bank Brasil e pelo Consulado Britânico na capital paulista, Coutinho afirmou que a presidente Dilma Rousseff continuará a combater a inflação "com rigor" e fará uma política fiscal austera, a fim de "desacelerar o consumo". "Não há necessidade de gerar uma recessão", disse. "Não seria uma medida inteligente."

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Coutinho disse que o governo Dilma tem dois principais desafios, que são ampliar a poupança em relação ao PIB e também os investimentos, a ponto de levá-los dos 19,4% assinalados em 2010 para uma marca entre 22% e 23% em 2014. "A gestão Dilma tem uma grande prioridade, que é o planejamento de longo prazo e, para isso, é fundamental a ampliação da poupança a fim de tornar viável também o aumento dos investimentos."

Coutinho disse esperar que o PIB cresça entre 4,5% e 5% em 2011. O presidente do BNDES disse que os investimentos entre 2011 e 2014 devem atingir R$ 1,6 trilhão (US$ 887 bilhões), enquanto alcançaram perto de R$ 959 bilhões (US$ 533 bilhões) entre 2006 e 2009. O presidente do BNDES declarou que somente o Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) tem US$ 881 bilhões em investimentos estimados.

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