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Corregedoria investigará patrimônio de PMs presos no Rio

Policiais foram presos como parte da Operação Amigos S/A deflagrada pela Secretaria de Segurança e pelo Ministério Público do Rio (MPRJ)

Dinheiro apreendido na operação contra um quadrilha de policiais militares, no Rio de Janeiro (Divulgação/Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro)

Dinheiro apreendido na operação contra um quadrilha de policiais militares, no Rio de Janeiro (Divulgação/Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 20h56.

Rio - O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, pediu à Corregedoria Geral Unificada (CGU) que investigue os bens dos 24 policiais militares suspeitos de participar de quadrilha que extorquia comerciantes e mototaxistas na área de abrangência do 14º Batalhão de Polícia Militar (Bangu).

Eles foram presos junto com um mototaxista como parte da Operação Amigos S/A deflagrada pela Secretaria de Segurança e pelo Ministério Público do Rio (MPRJ).

A CGU terá 30 dias, prorrogáveis por igual período, para investigar a evolução patrimonial dos suspeitos. Entre os bens que serão avaliados estão imóveis, automóveis, joias que seriam incompatíveis com a renda dos PMs.

Na casa do coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira foram encontrados extratos bancários com depósitos de valores a partir de R$ 10 mil. Já na casa do major Edson Alexandre Pinto de Góes foram achados R$ 287 mil em espécie e joias.

De acordo com as investigações da Secretaria de Segurança e do MP do Rio, o esquema funcionava como uma empresa.

Em vez de coibir a circulação de veículos irregulares e a venda de produtos piratas, os praças se aproveitavam da situação ilegal para exigir propinas de mototaxistas, motoristas de cooperativas de vans, comerciantes, vendedores ambulantes, empresas de ônibus e transportadoras de cargas que circulavam pela área do 14º BPM.

Seis oficiais que atuaram na cúpula do quartel, entre eles o coronel Fontenelle, o major Carlos Alexandre de Jesus Lucas e o major Edson, que atuavam como comandante, subcomandante e chefe do setor de Inteligência do Comando de Operações Especiais (COE) ao qual estão subordinados os batalhões de Operações Especiais (Bope), de Choque e o Grupamento Aeromarítimo (GAM), tropas de elite de PM.

Os envolvidos responderão na Justiça Militar a cada uma das concussões (extorsões praticadas por servidores) apuradas pela promotoria.

Responderão ainda na Justiça comum por formação de quadrilha armada (pena de até 6 anos) e serão investigados por lavagem de dinheiro. O MP pedirá indenização por danos morais à imagem do Rio e da PM.

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