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Corregedoria inicia investigações sobre Demóstenes

A decisão da Corregedoria foi possível porque Demóstenes, que é procurador de Justiça, retornou nesta quinta às suas antigas funções

Com a desistência de Cruvinel, Demóstenes Torres deve ficar sem testemunhas de defesa no processo de cassação a que responde (José Cruz/Agência Brasil)

Com a desistência de Cruvinel, Demóstenes Torres deve ficar sem testemunhas de defesa no processo de cassação a que responde (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2012 às 19h32.

Brasília - A Corregedoria-Geral do Ministério Público de Goiás (MPE) iniciou, nesta sexta, investigações sobre uma "eventual infringência de dever funcional" do Procurador de Justiça, Demóstenes Lázaro Xavier Torres, durante sua permanência, a partir de 2001, no Senado Federal.

No entanto, o foco dos trabalhos se concentra mais nas denúncias de ter empregado o cargo de senador, do qual foi cassado há dois dias, por quebra de decoro parlamentar no suposto envolvimento com o bicheiro Carlos Augusto Ramos de Almeida, o Carlinhos Cachoeira.

A decisão da Corregedoria foi possível porque Demóstenes, que é procurador de Justiça, retornou nesta quinta às suas antigas funções.

Como informou a Nota Oficial: "por ter Demóstenes Torres reassumido a 27ª Procuradoria de Justiça, foi iniciado o processo".

Denominado de "averiguação da reclamação disciplinar (2012.0036.6906)", o procedimento tem caráter sigiloso, e visa apurar responsabilidades.

Para estabelecer se ocorreu algum deslize do procurador, a Corregedoria disse ainda que serão requeridos junto ao Senado Federal e à Procuradoria Geral da República o envio de documentos específicos, cujos conteúdos não foram revelados na Nota Oficial.

Nesta sexta, Demóstenes Torres não apareceu na sua antiga sala, no terceiro andar. É que, após ter se apresentado ao MPE, na quinta, também requereu licença de cinco dias.

A assessoria de imprensa não informou se o prazo da licença será contado em dias úteis ou corridos.

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