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Estudante é espancado e denuncia homofobia

André Baliera voltava a pé para casa pela Rua Henrique Schaumann, em Pinheiros, na zona oeste, quando foi agredido

Rua Henrique Schaumann, no bairro de Pinheiros (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2012 às 13h28.

São Paulo - Dois homens foram presos na segunda-feira (03) por tentativa de homicídio após terem espancado o estudante de Direito da Universidade de São Paulo ( USP ) André Baliera, de 27 anos. Ele voltava a pé para casa pela Rua Henrique Schaumann, em Pinheiros, na zona oeste, quando foi agredido.

Por volta das 19 horas, Baliera viu que alguém mexia com ele de dentro de um carro. Segundo a vítima, era o também estudante Bruno Portieri, de 25 anos, que o ofendia por sua orientação sexual. O universitário começou a discutir e Portieri saiu do carro.

Baliera fez menção de pegar uma pedra para se defender. Foi quando o motorista do veículo - personal trainer Diego de Souza, de 29 anos - desceu e começou a agredi-lo. Ele só parou de bater no universitário quando policiais militares chegaram para ver o que ocorria e detiveram ele e o amigo.

Com escoriações na cabeça, dores no corpo e sem dormir, Baliera ainda estava confuso e transtornado na tarde da terça-feira (04). "Assumo que trocamos ofensas. Mas a atitude deles era de como se bater em alguém fosse a coisa mais comum do mundo."

Na noite de segunda (02), após a prisão, Portieri deu entrevista à TV Record e culpou a vítima pela agressão. "Apanhou de besta porque, se tivesse seguido o caminho dele, não teria apanhado."

Segundo sua irmã, Portieri é "do bem" e estava no lugar errado na hora errada. "Foi um momento de fúria, não foi por homofobia. A imprensa está dando muita atenção para o caso, mas o menino (Baliera) está vivo", disse Polianne Portieri.

Joel Cordaro, advogado dos dois agressores, dá outra versão. "Tudo começou porque eles pararam na faixa de pedestre e a vítima mostrou o dedo do meio. Eles foram provocados", afirma. Segundo ele, não seria possível saber que André era homossexual apenas o vendo atravessar a rua. O advogado já entrou com pedido de habeas corpus.

Reação

André cursa o último ano de Direito. Na faculdade ajudou a criar o Grupo de Estudos sobre Direito e Sexualidade (Geds). Também trabalhou no Centro de Combate à Homofobia da Prefeitura de São Paulo.

Amigos e integrantes de movimentos anti-homofobia já planejam nas redes sociais passeata na Avenida Paulista, "escrachos" (protesto em casas) e outras ações. Para o deputado federal Jean Wyllys, não foi um fato isolado. "Casos assim são uma reação à própria visibilidade da comunidade LGBT." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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Por volta das 19 horas, Baliera viu que alguém mexia com ele de dentro de um carro. Segundo a vítima, era o também estudante Bruno Portieri, de 25 anos, que o ofendia por sua orientação sexual. O universitário começou a discutir e Portieri saiu do carro.

Baliera fez menção de pegar uma pedra para se defender. Foi quando o motorista do veículo - personal trainer Diego de Souza, de 29 anos - desceu e começou a agredi-lo. Ele só parou de bater no universitário quando policiais militares chegaram para ver o que ocorria e detiveram ele e o amigo.

Com escoriações na cabeça, dores no corpo e sem dormir, Baliera ainda estava confuso e transtornado na tarde da terça-feira (04). "Assumo que trocamos ofensas. Mas a atitude deles era de como se bater em alguém fosse a coisa mais comum do mundo."

Na noite de segunda (02), após a prisão, Portieri deu entrevista à TV Record e culpou a vítima pela agressão. "Apanhou de besta porque, se tivesse seguido o caminho dele, não teria apanhado."

Segundo sua irmã, Portieri é "do bem" e estava no lugar errado na hora errada. "Foi um momento de fúria, não foi por homofobia. A imprensa está dando muita atenção para o caso, mas o menino (Baliera) está vivo", disse Polianne Portieri.

Joel Cordaro, advogado dos dois agressores, dá outra versão. "Tudo começou porque eles pararam na faixa de pedestre e a vítima mostrou o dedo do meio. Eles foram provocados", afirma. Segundo ele, não seria possível saber que André era homossexual apenas o vendo atravessar a rua. O advogado já entrou com pedido de habeas corpus.

Reação

André cursa o último ano de Direito. Na faculdade ajudou a criar o Grupo de Estudos sobre Direito e Sexualidade (Geds). Também trabalhou no Centro de Combate à Homofobia da Prefeitura de São Paulo.

Amigos e integrantes de movimentos anti-homofobia já planejam nas redes sociais passeata na Avenida Paulista, "escrachos" (protesto em casas) e outras ações. Para o deputado federal Jean Wyllys, não foi um fato isolado. "Casos assim são uma reação à própria visibilidade da comunidade LGBT." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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