Agência de notícias
Publicado em 10 de janeiro de 2025 às 13h15.
O corpo do fotógrafo Flávio de Castro Souza foi encontrado no último sábado no rio Sena, em Paris. O jovem estava desaparecido desde o dia 26 de novembro do ano passado. A informação foi repassada à mãe dele, Marta Maria de Castro, pelo Consulado do Brasil em Paris e confirmada ao g1 pelo Ministério das Relações Exteriores.
Sem circunstâncias esclarecidas até o momento, o desparecimento do fotógrafo provoca grande apreensão entre seus familiares e amigos. Ele deveria retornar ao Brasil no final de novembro, mas não embarcou no voo, apesar de ter feito o check-in. A única pista concreta sobre seu paradeiro veio de uma câmera de segurança instalada às margens do Rio Sena, onde ele foi filmado deixando seu celular em um vaso de plantas próximo a um restaurante.
Em conversas com amigos próximos, Flávio havia mencionado ter caído no Sena no dia de seu desaparecimento. Ele passou cerca de três horas na água antes de ser resgatado pelos bombeiros e levado ao hospital com hipotermia. Após ser liberado, Flávio tentou reorganizar sua viagem de volta, mas foi visto pela última vez quando tentava se hospedar em outro local. Desde então, não houve mais contato com ele.
No final do ano, a polícia francesa entrou em contato com a mãe de Flávio por telefone para atualizá-la sobre o andamento das investigações. Através de um tradutor, as autoridades informaram que as câmeras de segurança confirmaram que Flávio deixou seu celular em um vaso de plantas em frente a um bistrô na margem do Rio Sena. Outra câmera registrou sua presença na beira do rio, mas não há imagens que confirmem se ele pulou.
Quanto aos pertences de Flávio, Rafael Basso, amigo do fotógrafo, relatou que as duas malas foram abertas na embaixada do Brasil em Paris, após a polícia francesa se recusar a recebê-las. No entanto, "nenhum elemento relevante" foi encontrado.
Rafael também explicou, em um vídeo, que os itens de Flávio foram enviados ao Brasil para uma análise mais aprofundada, já que a polícia francesa não tem autorização para abrir o celular e o computador.
Segundo ele, as malas estavam intactas, sem sinais de violação ou quaisquer indícios que pudessem esclarecer o desaparecimento.