Coronavac será utilizada apenas em crianças e adolescentes, diz Queiroga
A orientação foi dada nesta segunda-feira, 18, para explicar o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, fato anunciado na noite de ontem
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de abril de 2022 às 19h08.
Última atualização em 18 de abril de 2022 às 19h11.
Primeira vacina contra covid-19 a ser aplicada no Brasil, a Coronavac agora deve ser utilizada apenas em crianças e adolescentes. A orientação foi dada nesta segunda-feira, 18, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em coletiva de imprensa para explicar o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), fato anunciado na noite de ontem.
A Espin foi adotada em março de 2020 e oferece o arcabouço jurídico para permitir, por exemplo, o uso emergencial de vacinas contra o coronavírus. No total, 172 regras do Ministério da Saúde poderiam ser impactadas com o fim da emergência. Atualmente, a Coronavac tem apenas registro emergencial na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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"Mais de um ano após, ainda não se conseguiu colecionar evidências científicas para que esse imunizante tivesse o registro definitivo. Com isso eu quero dizer, para o esquema vacinal primário em adultos, esse imunizante - isso é consenso em países que têm agências regulatórias do porte da Anvisa, que são os mais desenvolvidos -, ele não é usado para o esquema vacinal primário. Ele (imunizante) pode ser usado para esquema vacinal primário no Brasil para a faixa etária compreendida entre 5 e 18 anos", declarou Queiroga aos jornalistas.
De acordo com o ministro da Saúde, a pasta já pediu à Anvisa a renovação da autorização emergencial da Coronavac por mais um ano. "Claro que essa é uma decisão da agência regulatória. Se a Anvisa autorizar e atender o pleito do Ministério da Saúde, essa vacina pode ser utilizada em crianças e adolescentes", esclareceu.
Queiroga também afirmou que não há evidências científicas para utilização da Coronavac em adultos nem como dose de reforço.