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O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, surpreendeu o mercado e decidiu manter a Selic em 6,5% ao ano

ILAN GOLDFAJN, DO BANCO CENTRAL: taxa básica de juros não deve ser alterada nas próximas reuniões do Copom / Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)
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EXAME Hoje

Publicado em 17 de maio de 2018 às 07h02.

Última atualização em 17 de maio de 2018 às 07h29.

Copom mantém juros

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu manter a Selic em 6,5% ao ano. Todo o mercado esperava por um corte de 0,25 ponto porcentual, que levaria a taxa para 6,25% ao ano. A taxa já é a menor desde o início do regime de metas de inflação, em 1999, e a mais baixa de toda a série histórica do BC, iniciada em 1986. “Na avaliação do Copom, a evolução do cenário básico e, principalmente, do balanço de riscos tornou desnecessária uma flexibilização monetária adicional para mitigar o risco de postergação da convergência da inflação rumo às metas”, informou o BC em nota.

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MDB investigado

O ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito para investigar se houve crime em doações eleitorais da JBS e da Transpetro a políticos do MDB nas eleições de 2014. A decisão de Fachin tem como base depoimento de delações premiadas do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e do ex-executivo da J&F Ricardo Saud apresentadas à Procuradoria-Geral da República. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, faz menção a uma tabela de pagamentos da J&F que previa a destinação, em tese, aos senadores do MDB Renan Calheiros (AL), Eduardo Braga (AM), Jader Barbalho (PA), Valdir Raupp (RO), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), e ao ex-senador e atual ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo no valor de 35 milhões de reais. Ainda haveria repasses de vantagens ao ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) que, somados aos demais repasses, totalizaria 43,6 milhões de reais. A decisão de Fachin de abrir o inquérito, entretanto, determina a apuração do caso, mas não cita nominalmente os parlamentares e ex-parlamentares como investigados.

Boca fechada

Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa, apontado como operador do PSDB e mais conhecido como Paulo Preto, decidiu que não fará acordo de delação premiada com as autoridades, pelo menos por enquanto. A informação é do jornal Folha de S.Paulo. Souza chegou a ser preso preventivamente em abril sob suspeita de desviar 7,7 milhões nas obras do Rodoanel em SP, irregularidades que teriam ocorrido durante as gestões dos governadores tucanos José Serra e Geraldo Alckmin. Ele foi solto na sexta-feira passada por meio de um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta semana, a Procuradoria da República em São Paulo voltou a pedir sua prisão.

Aloysio X líderes europeus

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), reagiu duramente a um manifesto divulgado por seis ex-chefes de Estado europeus pedindo a presença do ex-presidente Lula, preso desde abril, nas eleições presidenciais deste ano. O chanceler classificou o gesto como “preconceituoso, arrogante e anacrônico” e disse ter recebido a iniciativa com “incredulidade”. Em nota, Aloysio afirma que cidadãos brasileiros condenados em órgãos colegiados ficam impedidos de disputar eleições. “Ao sugerir que seja feita exceção ao ex-presidente Lula, esses senhores pregam a violação do estado de direito”, afirma. O manifesto é assinado pelos ex-premiês José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha); Massimo D’Alema, Romano Prodi e Enrico Letta (Itália); Elio di Rupopelo (Bélgica); e pelo ex-presidente francês François Hollande.

Índice do PIB cai em março

O Banco Central do Brasil divulgou, nesta quarta-feira, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br. O índice, que é uma espécie de sinalizador do produto interno bruto (PIB), recuou 0,74% em março ante o fevereiro. Em março, a produção industrial encolheu 0,1% e terminou o primeiro trimestre estagnada, enquanto o setor de serviços apresentou nos três primeiros meses do ano contração de 0,9%. Somente o varejo terminou o período com ganhos, de 0,7%. Enquanto a inflação e os juros permanecem baixos, o desemprego ainda elevado impede a melhora econômica.

Bancos lucram mais do que outras empresas

Um relatório da consultoria Economatica mostrou que o setor de bancos liderou os ganhos no primeiro trimestre deste ano. Dos 50,82 bilhões de reais obtidos por 290 empresas de capital aberto, 17,6 bilhões foram obtidos por bancos. A alta total foi de 7,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, de 47,31 bilhões de reais. O crescimento, acrescenta a Economatica, poderia ter sido maior, se a Eletrobras não fizesse parte da amostra. Sem a Eletrobras, as empresas de capital aberto teriam lucrado 10,6% mais no primeiro trimestre no comparativo anual. Com destaque para a Petrobras, o segmento de petróleo e gás apresentou o segundo melhor resultado do período, com 7,66 bilhões de reais. O desempenho representa um salto de 62,1%, ou 2,93 bilhões de reais, em relação ao registrado um ano antes.

Atrito entre drogarias

Um pedido de recuperação judicial da BR Pharma, realizado nesta quarta-feira, revelou um imbróglio jurídico entre a companhia e a Drogaria Mais Econômica. A Mais Econômica, dona de 35 farmácias no Sul do País, tenta fazer com que a Justiça reconheça novas dívidas da Brasil Pharma, rede de drogarias da qual já fez parte. Controlada pela Verti Capital desde 2015, a Mais Econômica acusa a BR Pharma — criada pelo BTG em 2009 e que entrou em recuperação judicial neste ano — e o BTG de fraudes no balanço, que esconderam seu real passivo trabalhista. No pedido feito na recuperação judicial da BR Pharma, a companhia sustenta que já há casos em que a Justiça do Trabalho reconheceu a responsabilidade de seus antigos donos sobre essas dívidas. Além de informar sobre essas dívidas, a Mais Econômica pede que o administrador judicial da recuperação, a consultoria Deloitte, se manifeste sobre “práticas e procedimentos contábeis e manifestas adulterações da realidade econômico-financeira de empresas controladas da Brasil Pharma”.

Encontro em standby

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nesta quarta-feira, que não está claro se seu encontro com o líder norte-coreano Kim Jong Un ainda acontecerá. Em entrevista coletiva a imprensa, Trump também disse que continuará insistindo na desnuclearização da península coreana. A afirmação ocorre um dia após o governo da Coreia do Norte cancelar a reunião com sua vizinha Coreia do Sul, alegando que as atividades militares no país colocavam em risco o processo de paz e de desnuclearização dos países. Além do encontro com a vizinha, o governo norte-coreano também considerou suspender o encontro com os Estados Unidos, marcado para o dia 12 de junho, em Singapura. Ontem, a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA afirmou que Pyongyang considerava suspender a reunião com Trump. O encontro entre Kim e Trump seria o primeiro entre líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte em 70 anos de conflito, que começou com a Guerra da Coreia (1950-1953) e há pelo menos 25 anos é tema de negociações fracassadas.

Candidata desiste de eleição mexicana

A candidata à presidência do México, Margarita Zavala, anunciou, nesta quarta-feira, que não vai mais concorrer ao cargo. Candidata independente, a deputada federal afirmou que sua decisão foi feita por um “princípio de honestidade política”. Além de desistir de concorrer ao cargo, Margarita afirmou que não apoiará nenhum outro candidato. As eleições no México estão marcadas para o dia 1 de julho. Ainda concorrem ao cargo os políticos José Antonio Meade Kuribreña, do partido PRI, atualmente no poder; Andres López Obrador e Ricardo Anaya Cortés.

Pacto de Governo quase pronto

O líder do partido italiano Liga, Matteo Salvini, afirmou, nesta quarta-feira, que está negociando com o Movimento Cinco Estrelas (M5S) um pacto de governo para assumirem o poder do país. Entre as medidas do pacto estão a de que ele se tornará primeiro-ministro, para que as promessas realizadas durante a campanha eleitoral – em questões de imigração e tributárias, por exemplo – sejam cumpridas. Em seu Facebook, Salvini afirmou que não se tornará primeiro-ministro “por vontade própria”, mas somente para que o programa de governo seja cumprido. A Itália caminha para um fim do impasse no governo, após o M5S e a Liga concordaram em criar um governo de coalizão. Os líderes da nova coalizão prometeram entregar o plano de coalizão para o presidente italiana, Sergio Mattarella, entre hoje e amanhã.

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