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Copa tem hospedagem para todos os bolsos

Em um cruzeiro, na casa de moradores ou em um hotel na favela, há várias opções de hospedagem alternativa disponíveis para a Copa do Mundo

Vistas dos bairros do Leblon e Ipanema, no hotel Casa Alto Vidigal: cama mais barata em quarto compartilhado custa US$ 48 no hotel (MCT via Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 10h57.

São Paulo - Acompanhar as seleções em um cruzeiro de luxo ; compartilhar casa e experiências com moradores ou ter a melhor vista do Rio de Janeiro de um hotel na favela são algumas das opções de hospedagem alternativa disponíveis para a Copa do Mundo .

Segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), as vagas em alojamentos alternativos nas 12 sedes do Mundial ultrapassam as 59 mil, sendo 3.491 em pensões, 3.804 em albergues e 22.478 camas de aluguel para temporada e 29.940 em hotéis.

Com estes dados e de olho nos turistas mais atrevidos, a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo promove alojamentos alternativos para quase todos os bolsos de modo que ninguém fique fora da grande festa do futebol que começa no dia 12 de junho.

"Bed and Breakfast" é umas das ofertas alternativas que o torcedor poderá optar em Brasília, durante os 32 dias e 31 noites de torneio.

Os turistas que chegarem para os jogos entre Camarões e Brasil, Colômbia e Costa do Marfim, e Suíça-Equador, no Estádio Nacional Mané Garrincha poderão conviver com as famílias brasilienses que aderiram ao programa promovido pela secretaria de Turismo do Distrito Federal.

Os preços oscilam entre R$ 100 e R$ 750 por quarto em diferentes pontos da cidade. Segundo o Ministério do Turismo, o alojamento alternativo "também está entre os interesses dos turistas estrangeiros", como em 2013, na Copa das Confederações, quando quase a metade deles (cerca de dois milhões e meio de pessoas) escolheram este tipo de hospedagem.

Albergues e campings (4,9%) receberam 278.100 pessoas, casas alugadas (11,9%) outros 675.400 e mais de um milhão e meio de turistas se hospedaram em casas de amigos e parentes (27,9 %).

"Quando a oferta aumenta o próprio mercado se regula, o que ajuda a evitar preços exorbitantes", explicou o ministro do Turismo, Gastão Vieira, sobre a alta de preços que já pode ser observada em hotéis e voos.


Os torcedores de futebol que buscarem preços mais acessíveis no Rio de Janeiro poderão desfrutar das maravilhosas vistas de Ipanema, Copacabana e da Lagoa Rodrigo de Freitas que o hotel Casa Alto Vidigal, que fica na favela homônima, oferece aos seus hóspedes.

A cama mais barata em quarto compartilhado custa US$ 48 no hotel, uma opção alternativa para quem quiser fugir das localizações mais óbvias da Cidade Maravilhosa.

"Nosso hotel é diferente, as pessoas costumam gostar, desde que não façam questão de luxo. Já temos muitas reservas para a Copa, mas ainda há quartos livres", disse à Agência Efe o proprietário, Andreas Wieland, que considera seu alojamento "a melhor opção para os que querem conhecer o verdadeiro Rio".

Por algumas centenas de dólares a mais, os torcedores mexicanos poderão seguir sua seleção em suas andanças durante a primeira fase do torneio, que jogará em Natal, Fortaleza e Recife, todas elas no nordeste.

O mais barato dos pacotes oferecidos pelo grupo Mundomex custa módicos US$ 9.848 e inclui cinco noites a bordo de um cruzeiro em um quarto quádruplo com pensão completa, ingresso para o jogo México e Camarões, no dia 13 de junho em Natal, e outro para Costa do Marfim e Japão em Recife no dia seguinte.

Já o pacote que inclui estes dois jogos, as outras duas partidas da seleção mexicana na fase de grupos mais um dos jogos das oitavas de final custa a bagatela de US$ 29.450.

São Paulo - O Rio de Janeiro é uma cidade de contrastes. E isso é verdade até no mercado imobiliário. Enquanto o metro quadrado mais alto da cidade supera os 12.500 reais, o mais barato não chega nem a 1000 reais - diferença maior que aquela encontrada entre os valores extremos da cidade de São Paulo. A valorização média de 99% desde 2008, de acordo com o índice FipeZap, também supera a dos imóveis da capital paulista. Para especialistas, isso não seria um sinal de bolha, mas sim de uma compensação por anos de defasagem nos preços do mercado imobiliário carioca. Agora, obras de infraestrutura previstas para Copa e Olimpíadas, além do incremento da atividade econômica do estado prometem valorizar ainda mais a Cidade Maravilhosa. Segundo o índice FipeZap, no lado dos metros quadrados mais caros estão os bairros turísticos da Zona Sul, de população de alta renda, terrenos caros e pouco espaço para construir. Na ponta oposta estão bairros das zonas Norte e Oeste, onde ainda predominam casas, principalmente em conjuntos habitacionais. É uma região penalizada por favelização, a violência e um sistema de transportes que ainda tem muito a melhorar.
  • 2. 1. Leblon

    2 /10(Hmaglione10/Wikimedia Commons)

  • Veja também

    Se o estilo de vida da elite carioca pudesse ser resumido em uma palavra, esta seria Leblon. Imprensado entre o mar, a lagoa e a montanha, o bairro mais caro do Rio - e do Brasil - está rodeado de outros nomes nobres, como Ipanema, Lagoa e Gávea. No já saturado espaço de cerca de dois quilômetros quadrados espremem-se imóveis de alto padrão, uma vida cultural e noturna bastante intensa e lojas de grife que recentemente ganharam uma meca, o Shopping Leblon, inaugurado em 2006. Tudo isso ladeado por uma das praias mais famosas do país e a vista exuberante da orla carioca, que pode ser mais bem apreciada do alto do mirante. A falta de áreas para construir e os raros lançamentos imobiliários continuam elevando os preços dos imóveis no bairro. Só no ano passado, de acordo com dados do Secovi-RJ, os apartamentos de três quartos assistiram a uma alta de mais de 50%. O preço médio do metro quadrado, atualmente, é de 12.512 reais. A região mais valorizada continua sendo o final do Leblon, entre a Praça Antero de Quental e o Morro Dois Irmãos, nos arredores de alguns dos restaurantes mais chiques da cidade, como o Garcia e Rodrigues e o Antiquarius.
  • 3. 2. Ipanema

    3 /10(Riotur)

  • A irmã mais célebre do Leblon não venceu a corrida de bairro mais caro por um nariz. O metro quadrado em Ipanema custa nada menos que 12.480 reais em média, apenas 32 reais abaixo do primeiro colocado. De acordo com dados do Secovi-RJ, só os imóveis de três quartos sofreram a estrondosa valorização de 72% em 2010. Ipanema sofre do mesmo descompasso entre oferta e demanda que atinge o Leblon. A combinação de imóveis de alto padrão, comércio de luxo e a bela vista da praia ainda atraem compradores de alto poder aquisitivo para o bairro já saturado. Em 2009, o entorno da Praça General Osório, no coração do bairro, também viu seus preços puxados para cima com a instalação de uma estação de metrô e expulsão do tráfico de drogas do Morro do Cantagalo.
  • 4. 3. Lagoa

    4 /10(VEJA)

    A vista exuberante da Lagoa Rodrigo de Freitas deu ao bairro que a abraça um metro quadrado com valor médio de 10.010 reais, o terceiro mais alto do Rio. Pobre em comércio de rua, a Lagoa é, no entanto, um centro de lazer, repleto de atrações gastronômicas e esportivas que têm como cenário um dos mais belos cartões-postais do Rio. Próxima de outros bairros nobres da Zona Sul, como Ipanema, Leblon e Jardim Botânico, a região abriga parques, quadras esportivas, rinque de patinação, restaurantes, quiosques e uma extensa ciclovia, tudo com vista para o espelho d’água. Rodeado de verde, o bairro possui ainda uma vasta área de proteção ambiental, além de sediar clubes de alto padrão. Cortada pela Autoestrada Lagoa-Barra, a região também é uma importante ligação entre a Zona Sul e a Zona Oeste da cidade.
  • 5. 5. Leme

    5 /10(Andréa Farias/Wikimedia Commons)

    Espremido entre Copacabana, o morro e o mar, o Leme marca presença na lista dos bairros mais caros do Rio, desbancando a sua vizinha Urca e cravando a quinta posição com um metro quadrado no valor médio de 8.572 reais. Quem gosta de praia sabe que para fugir do agito de Copa o melhor caminho é virar à esquerda, em direção à pedra que dá nome ao bairro, o marco de “início” das praias oceânicas do Rio de Janeiro. Com menos de um quilômetro quadrado, o Leme é um bairro residencial de classe alta, bastante tranquilo se comparado ao restante da região. No entanto, beneficia-se da proximidade com o pujante centro comercial e turístico que é Copacabana, além do fácil acesso ao Shopping Rio Sul. As duas únicas favelas do bairro - Babilônia e Chapéu-Mangueira - estão entre as primeiras comunidades pacificadas do Rio de Janeiro, o que contribuiu para aumentar a sensação de segurança na região.
  • 6. 1. Guadalupe

    6 /10(Creative Commons/Creative Commons)

    O metro quadrado mais barato da cidade custa apenas 815 reais e fica em Guadalupe, bairro operário do subúrbio carioca. Fundado durante o governo de Getúlio Vargas, o lar da Igreja Matriz de Nossa Senhora de Guadalupe foi construído para abrigar conjuntos habitacionais populares, como os quentes iglus da Rua Calama e os prédios que margeiam a Avenida Brasil, uma das mais importantes vias do Rio de Janeiro. Apesar da infraestrutura relativamente boa para a região, o bairro é cercado de favelas e fica distante do Centro. Os índices de violência de Guadalupe e bairros vizinhos são consideráveis, superando até mesmo os números da região onde se localizam os conjuntos de favelas do Alemão e da Penha. Guadalupe possui dois Shopping Centers e o único cinema do Rio de Janeiro que só passa filmes nacionais, o Ponto Cine. O forte do bairro, porém, são as indústrias e depósitos que abriga, como a filial de vendas da Perdigão e a fábrica da Pimaco/BIC. Guadalupe deve ainda se beneficiar de projetos para as Olimpíadas de 2016, como a extensão da Via Light e o corredor de ônibus expresso ao longo da Avenida Brasil.
  • 7. 2. Anchieta

    7 /10(Creative Commons)

    Antigo distrito de Nova Iguaçu, Anchieta se desmembrou do município ainda no final do século XIX. Hoje parte da capital fluminense, o bairro que se desenvolveu em torno da estação de trem faz divisa com os bairros de Pavuna e Guadalupe e com a cidade de Nilópolis. O metro quadrado por lá hoje é o segundo mais barato da cidade, custando 844 reais. Além de contabilizar problemas semelhantes aos de Guadalupe - distância do Centro, favelização e violência - o bairro de classe média baixa também conta com poucas opções de lazer e comércio. O IDH no bairro é o mais baixo da lista: 0,788, menor que média nacional, segundo dados de 2000.
  • 8. 3. Pavuna

    8 /10(Wikimedia Commons)

    O ponto final da linha 2 do metrô carioca localiza-se no extremo norte do subúrbio do Rio e faz divisa com São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ali, a mancha urbana do município vizinho se confunde com a do bairro carioca, com a integração de seus centros comerciais pela Avenida Pastor Martin Luther King Jr., a antiga Automóvel Clube. Vizinha a Anchieta e Guadalupe, a Pavuna tem o terceiro metro quadrado mais barato do Rio, no valor de 1.084 reais. Desde a década de 70, o bairro abriga conjuntos habitacionais, o que o transformou em uma área estritamente residencial de classe média baixa. A região, no entanto, é habitada desde os tempos coloniais, quando ali se plantava cana-de-açúcar. Além da distância do Centro do Rio, a Pavuna também é prejudicada pela proximidade de bairros pobres e violentos como Acari e Costa Barros, dois dos menores IDHs da cidade.
  • 9. 4. Padre Miguel

    9 /10(Rodrigo Prado/Creative Commons)

    Um imóvel no berço da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel tem o quarto metro quadrado mais barato do Rio, no valor de 1.125 reais. Apesar da distância do Centro da cidade e do transporte precário que atende à Zona Oeste do Rio, Padre Miguel conta com centros de comércio e lazer pujantes, como o Ponto Chic, localizado no próprio bairro, e a área central de Bangu, bairro vizinho. A proximidade com o núcleo olímpico de Deodoro, porém, não garantiu benefícios diretos à localidade. As obras das linhas expressas de ônibus nos arredores não preveem uma integração com a linha de trem que corta os bairros de Bangu, Padre Miguel e Realengo. Além disso, a região ainda conta com altos índices de favelização e criminalidade.
  • 10. 5. Coelho Neto

    10 /10(Creative Commons)

    Assim como sua vizinha Pavuna, Coelho Neto conta com uma estação de metrô e faz divisa com os bairros de Costa Barros e Acari, dois dos menores IDHs da cidade. O quinto metro quadrado mais baixo do Rio - no valor de 1.176 reais - também sofre com a favelização do entorno e os altos índices de criminalidade, mas conta com um comércio razoável. Cortado pela Avenida Brasil, o bairro também deve se beneficiar do corredor de ônibus expresso projetado para a via com vistas às Olimpíadas de 2016.
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