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Controle é débil, diz ONG Human Rights sobre rebelião em Manaus

A organização tem trabalhado mais diretamente com as prisões brasileiras desde os assassinatos em série no Complexo de Pedrinhas, em 2013

Rebelião: "se o Estado estivesse controlando a quantidade de presos, provendo serviços que são necessário, não sei se haveria tanto espaço para as facções", disse a ONG (Reuters)

Rebelião: "se o Estado estivesse controlando a quantidade de presos, provendo serviços que são necessário, não sei se haveria tanto espaço para as facções", disse a ONG (Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de janeiro de 2017 às 16h52.

São Paulo - O massacre de 56 presos em Manaus é um retrato do descontrole pelo que passam os presídios do Brasil. Essa é a opinião da advogada Maria Laura Canineu, diretora no Brasil da ONG Human Rights Watch.

"As prisões no Brasil são um desastre, simples assim. A principal conclusão que podemos tirar é que o controle pelo Estado é completamente débil. Infelizmente, não tem sido incomum esse tipo de acontecimento. E não há garantia de que será um caso isolado", complementou.

A organização tem trabalhado mais diretamente com as prisões brasileiras desde os assassinatos em série no Complexo de Pedrinhas, no Maranhão, em 2013.

"A superlotação não ajuda, nem o fato de não existirem agentes suficientes em número, nem qualificados o suficiente para lidar com rebeliões e com o sistema prisional."

Para ela, isso abriu espaço para as facções. "Se o Estado estivesse controlando a quantidade de presos, provendo serviços que são necessário, não sei se haveria tanto espaço para as facções."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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