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Consumo de São Paulo causou apagão, diz técnico

Governo negou que o blecaute de segunda-feira esteja associado à falta de energia

Apagão: o elevado consumo do Estado de São Paulo, que superou todas as previsões para o dia, segundo técnico (stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 08h10.

São Paulo - Apesar de o ministro de Minas e Energia , Eduardo Braga, e do diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico ( ONS ), Hermes Chipp, negarem que o blecaute de segunda-feira, 19, esteja associado à falta de energia, há outras versões para o ocorrido.

Um técnico do governo, que não pode se identificar, explicou ao jornal O Estado de S. Paulo que a origem do problema foi o elevado consumo do Estado de São Paulo, que superou todas as previsões para o dia.

A disparada da carga (consumo mais perdas) no Estado começou na volta do almoço do paulista, depois das 14 horas. Com o consumo em alta, superior à geração, a frequência (de 60 hertz) caiu e, automaticamente, algumas usinas saíram do sistema.

Com isso, foi necessário acionar o chamado "controle de alívio de carga", que desliga algumas cargas previamente definidas pelas distribuidoras, afirmou o técnico. "Foi algo inesperado."

De acordo com os relatórios do ONS, a carga programada para segunda-feira no subsistema Sudeste/Centro-Oeste era de 43.850 megawatts (MW) médios.

Mas o verificado foi de 44.853 MW médios - mais de 1 mil MW médios acima do planejado. No Nordeste, onde também houve recorde de consumo, essa diferença foi de apenas 7 MW médios.

Segundo o técnico, na semana passada, o sistema já havia sido testado com outro recorde de consumo, mas o ONS conseguiu segurar a carga. Entre os dias 12 e 17 de janeiro, no entanto, as diferenças máximas entre a carga programada e a verificada no Sudeste/Centro-Oeste foi de, no máximo, 582 MW médios.

Uma surpresa boa, na segunda-feira, que evitou um problema ainda mais grave foi a geração dos parques eólicos, especialmente os do Nordeste. Na máxima do dia, às 14h48, as eólicas produziram 2.057 MW.

Em compensação, as termoelétricas produziram 774 MW menos que o programado, por causa de menor disponibilidade de combustível, menor rendimento das unidades geradoras e manutenção.

Se o calor deste ano seguir a tendência do ano passado, o País poderá ter novos problemas pela frente. Em 2014, os picos de carga ocorreram em fevereiro, lembrou um executivo do setor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um técnico do governo, que não pode se identificar, explicou ao jornal O Estado de S. Paulo que a origem do problema foi o elevado consumo do Estado de São Paulo, que superou todas as previsões para o dia.

A disparada da carga (consumo mais perdas) no Estado começou na volta do almoço do paulista, depois das 14 horas. Com o consumo em alta, superior à geração, a frequência (de 60 hertz) caiu e, automaticamente, algumas usinas saíram do sistema.

Com isso, foi necessário acionar o chamado "controle de alívio de carga", que desliga algumas cargas previamente definidas pelas distribuidoras, afirmou o técnico. "Foi algo inesperado."

De acordo com os relatórios do ONS, a carga programada para segunda-feira no subsistema Sudeste/Centro-Oeste era de 43.850 megawatts (MW) médios.

Mas o verificado foi de 44.853 MW médios - mais de 1 mil MW médios acima do planejado. No Nordeste, onde também houve recorde de consumo, essa diferença foi de apenas 7 MW médios.

Segundo o técnico, na semana passada, o sistema já havia sido testado com outro recorde de consumo, mas o ONS conseguiu segurar a carga. Entre os dias 12 e 17 de janeiro, no entanto, as diferenças máximas entre a carga programada e a verificada no Sudeste/Centro-Oeste foi de, no máximo, 582 MW médios.

Uma surpresa boa, na segunda-feira, que evitou um problema ainda mais grave foi a geração dos parques eólicos, especialmente os do Nordeste. Na máxima do dia, às 14h48, as eólicas produziram 2.057 MW.

Em compensação, as termoelétricas produziram 774 MW menos que o programado, por causa de menor disponibilidade de combustível, menor rendimento das unidades geradoras e manutenção.

Se o calor deste ano seguir a tendência do ano passado, o País poderá ter novos problemas pela frente. Em 2014, os picos de carga ocorreram em fevereiro, lembrou um executivo do setor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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