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Conselho livra senadoras de punição por protesto em votação

As parlamentares da oposição ocuparam a Mesa Diretora do plenário, interrompendo a sessão e atrasando a análise do projeto da reforma trabalhista

Senado: a denúncia tinha como alvo Fátima Bezerra, Gleisi Hoffmann, Ângela Portela, Regina Souza, Lídice da Mata e Vanessa Grazziotin (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Senado: a denúncia tinha como alvo Fátima Bezerra, Gleisi Hoffmann, Ângela Portela, Regina Souza, Lídice da Mata e Vanessa Grazziotin (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de agosto de 2017 às 18h01.

Última atualização em 8 de agosto de 2017 às 18h03.

Brasília - Por 12 votos a 2, o Conselho de Ética do Senado arquivou nesta terça-feira, 8, denúncia contra seis senadoras da oposição que protestaram durante a votação da reforma trabalhista na Casa.

Na ocasião, as parlamentares ocuparam a mesa diretora do plenário, interrompendo a sessão e atrasando a análise do projeto.

A sessão do conselho foi marcado por confusão logo no início, quando o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), exaltado, protagonizou discussões com colegas que quase acabaram em agressão física.

"Essa reunião é ridícula. Vocês arquivaram o caso do Aécio, que tinha mala de dinheiro. Agora vão punir senadoras por sentar na mesa do Senado", afirmou o petista, que, com dedo em riste, acusou o presidente do conselho, senador João Alberto (PMDB-MA), de estar desmoralizado.

No mês passado, a maioria do conselho decidiu arquivar representação contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) com base na delação premiada de Joesley Batista, da JBS.

A denúncia no Conselho de Ética tinha como alvo as senadoras Fátima Bezerra (PT-PB), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Ângela Portela (PDT-RR), Regina Souza (PT-PI), Lídice da Mata (PSB-BA) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

O processo já havia sido aceito por João Alberto, que marcou a reunião desta terça para definir o relator.

O senador Humberto Costa (PT-PE), porém, pediu a João Alberto para reconsiderar a decisão. O requerimento de Costa foi aprovado pela maioria do colegiado.

"Em tempo de criminalização da política não pode esta Casa Legislativa adentrar a essa seara, tentando intimidar o legítimo direito de manifestação de seus pares", afirmou Costa no pedido, que foi subscrito por mais 21 senadores.

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