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Congresso se dedicará a temas econômicos e de segurança, diz Maia

Segundo o deputado, a decisão do governo pela intervenção na segurança pública no Rio de Janeiro impede a votação de qualquer PEC na Câmara

Maia: ministros anunciaram em entrevista coletiva uma pauta econômica com 15 itens que devem ser analisados pelo Legislativo (Reuters/Reuters)
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Reuters

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 21h12.

Brasília- O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou nesta segunda-feira, ao admitir que não há condições para a votação da reforma da Previdência , que o Congresso deve se dedicar a uma pauta de "15 ou 16" itens da área econômica acertados com o Executivo e também a matérias ligadas à segurança pública.

Segundo o deputado, a decisão do governo pela intervenção na segurança pública no Rio de Janeiro impede a votação de qualquer Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na Câmara. Este é o caso da reforma da Previdência, PEC que estava pronta para ser levada ao plenário nesta semana, apesar de ainda não contar com votos suficientes para ser aprovada.

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"Temos aí uma pauta de 15, 16 itens que nós estamos discutindo com a equipe econômica", disse o presidente da Câmara a jornalistas, acrescentando que a agenda também foi discutida com o presidente do Senado, Eunício Oliveira.

Mais tarde, ministros anunciaram em entrevista coletiva uma pauta econômica com 15 itens que devem ser analisados pelo Legislativo, entre elas a privatização da Eletrobras e a autonomia do Banco Central.

Para Maia, "nada supera o impacto positivo da reforma da Previdência", mas as medidas pinçadas para votação neste ano podem trazer reflexos positivos para a economia. O parlamentar não forneceu uma estimativa do impacto econômico da pauta econômica.

Durante a entrevista, o presidente da Câmara terminou de enterrar a reforma da Previdência, descartando a possibilidade de ela ser votada em fevereiro. Sobre as chances de pautá-la em novembro, data ventilada por alguns governistas, afirmou que esta será uma questão a ser definida pelo presidente eleito em outubro deste ano.

"O que tenho mais claro é que o que tiver pronto (caso da PEC da reforma) para votação não pode votar... Com a intervenção, me parecia um pouco óbvio que nos próximos dias é impossível você tratar o caso do Rio de Janeiro no caminho da intervenção... e achar que vamos dar um jeitinho, suspende (o decreto da intervenção), volta, essas coisas eu acredito que não funcionam assim", disse.

"Pautar depois da eleição já é um problema do próximo presidente. Se o próximo presidente entender, se essa for a decisão de que deve tentar pautar em novembro, dezembro, é uma questão que ele vai ter que discutir com a sociedade."

"O mês de fevereiro pra mim era o mês limite", afirmou.

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