Congresso conclui votação da LDO de 2019 e cumpre "regra de ouro"
O plenário do Congresso rejeitou destaque que pretendia derrubar a vedação de reajustes nas verbas de gabinetes parlamentares em 2019
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de julho de 2018 às 06h51.
Última atualização em 12 de julho de 2018 às 07h00.
Brasília - O plenário do Congresso Nacional concluiu no início da madrugada desta quinta-feira, 12, a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019, selando o fim da sessão antes do recesso parlamentar. Depois de derrubar trechos que vedavam a aprovação de reajustes a servidores públicos e que obrigavam o próximo governo a cortar 5% das despesas com custeio administrativo no ano que vem, o plenário decidiu manter o texto enviado pela equipe econômica para conseguir cumprir a chamada "regra de ouro" do Orçamento, que impede a emissão de dívida para pagar despesas correntes, como salários.
Havia dois destaques que pretendiam derrubar a proposta do governo para a regra de ouro, que é permitir o condicionamento de despesas à aprovação de um crédito suplementar em 2019, no valor do rombo existente (calculado em cerca de R$ 260 bilhões). Mas eles foram rejeitados pelo plenário do Congresso Nacional.
Os parlamentares ainda mantiveram os bancos públicos como únicos agentes autorizados a fazer repasses de verbas de emendas parlamentares a Estados e municípios. O relator, senador Dalírio Beber (PSDB-SC), havia proposto que essa autorização fosse estendida a bancos privados, numa tentativa de ampliar a concorrência e diminuir as taxas de administração pagas pelos beneficiários às instituições oficiais. Mas essa mudança foi rejeitada pelo plenário, e a regra continua sendo a atual, que permite apenas bancos públicos.
O plenário do Congresso também rejeitou destaque que pretendia derrubar a vedação de reajustes nas verbas de gabinetes parlamentares em 2019.